Adão e Eva somos todos nós. Portanto falavam a língua da humanidade de então e de agora. Como já repetido aqui, a narração de Gênesis 3 não conta um evento histórico, que se pode colocar pontualmente em um período da história da humanidade, mas é a leitura sapiencial da necessidade que o ser humano (Adam) há de seguir os princípios morais estabelecidos por Deus, não comendo do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Comer dessa árvore significa pular a ordem estabelecida por Deus em referência aos princípios morais. O ser humano é o único a desejar essa transgressão; as outras criaturas nunca terão essa pretenção e jamais comerão esse fruto. Essa tendência descrita para Adão e Eva, que recebe esse nome só depois do pecado (nome dado por Adão e não por Deus) é incita em todas as pessoas.
A partir da consideração feita, é injustificável dizer que língua eles falavam. Adão e Eva - melhor dizer "homem" e "mulher" - são emblemas e protótipos da humanidade, que fala diferentes línguas, tantas quantas são aquelas existentes.