A língua ugarítica, conhecida somente na sua forma escrita, descoberta no início do século XX, em Ugarit, na Síria (próximo ao atual Ras Shamra), é extinta. A sua descoberta foi muito importante para o estudo do Antigo Testamento, pois permitiu entender com maior clareza alguns estilos literários e expressões bíblicas. Existem muitos paralelos entre a cultura de Israel e das populações vizinhas. Os textos encontrados (Legenda de Keret, Legenda de Danel, Mito de Baal-Aliyan, Morte de Baal "“ esses dois últimos conhecidos como "Ciclo de Baal") são considerados de importância comparável à descoberta e decifração dos jeroglifos do Egito e da escritura cuneiforme da Mesopotamia.

O Ugarítico é uma língua semítica escrita com carácteres cuneiformes, adaptados com um alfabeto de 30 letras. Pode ser visto, pelos menos espertos, como língua parecida ao Acádico ou Assírio.

A novidade dos últimos tempos é a existência de semelhanças entre o ugarítico e o árabe em relação aos significados e à gramática. De acordo com o responsável arqueológico de Lattakia, Jamal Haidar, as escavações realizadas em Ras Shamra encontraram "tavolette"que indicam que a ordem das letras do alfabeto ugarítico é parecida com aquele árabe e grego. Com relação à gramática, o ugarítico é próximo ao árabe. As duas línguas têm cerca de mil palavras em comum, que significam mais de dois terços do léxico ugarítico.