A questão do nome de Deus e do nome próprio de Jesus é surprendentemente muito discutida em ambientes cristãos, principalmente ligados às igrejas pentecostais. Não entendo particularmente toda a reflexão que se faz sobre o nome de Jesus. Não existem razões para colocar em discussão esse nome próprio, pois se trata de um nome hebraico adaptado ao português, através de processos linguísticos comuns, como acontece com todos os outros nomes de pessoas importantes na história.
O fato das pessoas gostarem desse tema revela a grande sede de espiritualidade e de conhecimento das escrituras que existe. O único modo para que tal questão seja tratada corretamente é o estudo e a disposição a conhecer a teologia bíblica. A leitura, o estudo e a disposição a escutar quem tem maior conhecimento é a condição básica para progredir na própria reflexão.
A discussão em torno do nome de Deus, especialmente inerente ao tetragrama YHWH é mais teológica, pois o uso desse nome tem uma tradição que ajuda a entender quem é Deus. Para isso deveríamos nos apoiar na tradição judaica, da qual herdamos a doutrina segundo a qual não podemos "possuir" a Deus e por isso não poderíamos tão pouco pronunciar o seu nome. Para evitar de correr esse risco de se apoderar de Deus, os judeus costumam não pronunciar o tetragrama, substituindo-o pela palavra Senhor. Invés de ficar discutindo se devemos dizer Jeová ou Javé ou outro nome, seria oportuno seguir a tradição hebraica e usar a palavra Senhor, quando quisermos usar o Tetragrama, coisa que já fazem algumas traduções da Bíblia.
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