Não sei bem o que você entende por "subir o monte", mas deve ser alguma cerimônia que a sua comunidade faz.
A Bíblia não contempla a vida de duas pessoas convivendo, sem uma ligação oficial, como acontece em tantas situações hodiernas. É por causa disso que muitas igrejas não conseguem acolher com plenitude, nas suas ações, como os sacramentos, as pessoas que vivem essa situação. Cada denominação religiosa tem sua própria regra e não sei explicar cada uma.
Na igreja católica, por exemplo, as pessoas divorciadas e que voltaram a se casar não podem participar dos sacramentos como protagonista, embora, por exemplo, possam ir à missa, sem poder comungar. Uma pessoa que se separou e vive sozinho, pode participar plenamente das atividades na Igreja Católica.
Essa sua pergunta põe uma questão muito difícil de resolver: como lidar com situações hodiernas que não são contempladas na Bíblia? É preciso ser fundamentalista ou abertos aos novos apelos de hoje?
Não é fácil dar uma resposta a essa questão. Cada um pode refletir pessoalmente e as igrejas têm que se por esse problema, dando aos seus fieis linhas de ações claras.
Eu acredito que a revelação divina é progressiva, tendo seu auge no Evangelho. Nós precisamos ler as realidades modernas com o ensinamento de Cristo, que deve iluminar todas os nossos juízos, especialmente aqueles morais.
Do ponto de vista das relações matrimoniais, é evidente que hoje as pessoas se separam com grande facilidade. O nosso estilo de vida faz com que o confronto entre as pessoas não seja uma estrada percorrível; por pouca coisa se separa. As decisões para toda a vida estão cada vez mais raras. Acredito que a religião tem a missão de propagar valores perenes e o casamento é um desses.
Ao lado dessa consideração, as denominações religiosas têm o dever de estar ao lado das pessoas em situações dramáticas e, às vezes, até trágicas. Nessas situações não ajuda a condenação, mas a solidariedade e o caminhar ao lado delas.