Hoje costuma-se identificar com esse nome um tipo de leitura bíblica que sempre existiu na história da igreja, feita pela maioria das pessoas. Esses leitores identificam a mensagem do texto com os pensamentos que lhes vêm à mente ao lê-lo, sem se preocuparem com os elementos típicos de um texto, principalmente de um texto antigo: gramática, contexto e às circunstâncias históricas, geográficas, culturais, religiosas, etc.
A maioria dos cristãos faz essa leitura porque não tem instrumentos para fazer de outro modo. Mais do que uma escolha, trata-se de uma realidade causada pela falta de oportunidades de formação.
A leitura intuitiva pode ser um primeiro passo, pelo qual passa todo o leitor. Através dela é possível colher frutos úteis para a nossa vida de cristãos. Ninguém pode impedir as pessoas de lerem a Bíblia, sem usar instrumentos 'profissionais'.
O importante é não dogmatizar tal leitura, julgando-a como aquela mais importante. É uma leitura lícita, mas não ideal. Quanto mais se aprende do texto, maior será a eficácia da sua mensagem. Usar instrumentos 'profissionais' permite colher de maneira mais intensa a riqueza da mensagem divina. Portanto, quando possível, ninguém deve se acontentar com a leitura intuitiva; pode ser uma fase, mas não a meta.
Hoje é possível, mais do que nunca, ultrapassar essa leitura intuitiva, adquirindo conhecimento que permita ler de maneira mais autoritária a Palavra de Deus. Na internet existem instrumentos que podem nos ajudar, mesmo se nesse mundo digital encontramos de tudo, também instrumentos não idôneos.