Para entender o que faziam os primeiros discípulos de Cristo, precisamos dar um pulo para trás, colocando-nos há 2 mil anos, em uma periferia de uma província do Império Romano. A Galileia, de onde eram os apóstolos, não era uma área importante e nem tinha boa fama. Lembremos de Natanael, que sobre Jesus diz: “Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?” (João 1,46).
No tempo de Cristo, não haviam empresas, escritórios e nem tantas profissões quantas existem hoje. Sendo gente simples, a maioria trabalhava para a própria sobrevivência. Destaca-se a presença do Lago da Galileia, que era fonte de vida para a maioria das pessoas que vivia às suas margens, lugar principal do ministério de Cristo. Quem vivia mais afastado do lago, sobrevivia com um pouco de agricultura para si mesmo ou cuidando de cabras e ou ovelhas. José, o pai de Jesus, era carpinteiro e isso poderia ser indício de uma pequena fábrica familiar. Paulo, que se nomeia “apóstolo”, construía tendas para seu sustento (1Tessalonicense 4,11) e Lucas, que escreveu o terceiro evangelho, mas não foi apóstolo, era um médico (Colossenses 4,14).
Sobre os apóstolos, sabemos que vários eram pescadores no Lago da Galileia e que Mateus era um fiscal do Império Romano, que cobrava taxas. Outras profissões não são mencionadas (veja detalhes nessa outra resposta).