Quando se fala de "combate" religioso, por trás existe sempre falta de conhecimento e preconceitos. Essa distância faz com que as críticas, às vezes baseadas em realidades que existem em alguma medida, sejam radicalizadas e aumente ulteriormente a separação. O único modo para parar esse processo é o encontro, promovido depo diálogo ecumênico, entre os cristãos, ou pelo diálogo interrreligioso, entre as diferentes religiões.
Nós católicos sabemos que não existe adoração de santos. Há pessoas, dentro do mundo católico, que exageram na própria devoção e que precisariam ser melhor orientadas. A crítica das outras denominações deveria suscitar, nas lideranças católicas, uma tomada de posição e a implementação de um processo catequético que faça com que os praticantes entendam que os santos são somente pessoas que viveram de maneira radical o cristianismo e são para nós exemplos, que nos mostram como chegar até Deus, que é o único a ser adorado.
Por outro lado, os evangélicos e protestantes deveriam ter a abertura de entender que, doutrinalmente, o catolicismo não ensina a adoração dos santos e que, se existem exageros, trata-se de excessão e não de uma regra. A doutrina católica, cimentada por séculos de reflexão teológica, da qual participam também evangélicos e protestantes - afinal não se pode rejeitar séculos de história do cristianismo vividos em comunhão - mostra que adoramos somente a Deus e não aos santos.