O Dízimo é um instrumento pedagógico histórico que tem dois papeis fundamentais: o primeiro deles é criar uma solidariedade que faça com que não exista pessoas que passem necessidades dentro da comunidade. Se todos dentro da comunidade são irmãos, como uma família, não é justo que alguns vivam mal enquanto outros vivem bem. É nesse sentido que precisa ser lido Deuteronômio 14.
Outra função do dizímo também aparece em Dt 14. Nessa texto também se faz menção aos levitas. Eles precisam da ajuda do povo, pois não tiveram parte na herança da Terra Prometida, não receberam um pedaço de terra, porque a sua missão era se ocupar das coisas divinas. Portanto, a oferta do dízimo tem também uma índole do culto, ligada à comunidade.
Solidariedade, uma missão sempre atual
Há várias respostas sobre o dízimo aqui no site. Repetimos várias vezes que há um ensinamento fundamental do Dízimo: saber que aquilo que temos não é nosso, mas dom de Deus. É por isso que o que temos deve ser partilhado, principalmente com quem é mais carente do que nós. Isso o cristão deve continuar fazendo, como faziam também os judeus no tempo de Cristo.
O perigo do dízimo
A partir do momento que se institucionaliza o dízimo como uma taxa, corre-se grave risco de perder o seu verdadeiro valor, pois pode tornar-se um mero preceito, uma forma exterior.
Não caia na arapuca de ter que dar uma porcentagem daquilo que você ganha para o seu pastor. Contribua com a sua igreja, pois ela precisa da sua ajuda. Mas também considere até que ponto aquilo que você dá é usado de maneira transparente, com prestações de conta. Se nada é dito sobre o dinheiro arrecadado, tenha alguma dúvida e peça para a equipe encarregada da administração da sua comunidade para ser mais transparente.
Dê também esmolas para as pessoas carentes. Cada um sabe quanto pode dar. Não se deixe influenciar por pessoas que não conhecem a sua realidade, que não conhecem o seu dia a dia e os seus deveres. Seja generoso, mas não se deixe enganar.