Infelizmente não temos informações sobre como foi a sua morte. Embora citado pela Bíblia, nada sabemos sobre como ele morreu e nenhuma hipótese sobre sua morte pode ser tida como historicamente comprovada.
Na década de 90 foram encontrados alguns ossários, na região de Talpiot, quarteirão de Jerusalém na estrada para Belém, e num deles havia o nome de "Joseph bar Kaiapha". Nasceu então a hipótese de que aqueles restos mortais seriam desse personagem.
Quem era Caifás
Flavio Josepo o chama de Joseph Caiaphas e diz que se tornou Sumo-Sacerdote por volta do ano 18, tendo sido nomeado por Valerio Grato, o responsável romano pela região da Galileia, onde se encontra Jerusalém. O mesmo historiador judeu conta que foi deposto no ano de 36. Portanto, era o responsável religioso de Jerusalém na época em que Jesus foi condenado à morte.
Esse cargo, de muito prestígio na tradição judaica, no tempo de Cristo era um sinal de poder e sinal também de colaboração com Roma. Caifás era genro do sumo-sacerdote Anás, que esteve no poder até alguns anos antes que o próprio Caifás assumire o encargo.
Caifás é citado várias vezes na Bíblia, no Novo Testamento (Mt 26,3; 26,57; Lc 3,2; 11,49; 18,13-14; Jo 18,24.28 e At 4,6).
Mateus mostra o sumo sacerdote interrogando a Jesus, junto com o Sinédrio, buscando evidências para acusá-lo de blasfêmia, coisa que acontece quando perguntam se ele é o Cristo e Jesus, fazendo alusão ao Filho do Homem, responde que sim.
De João 18,14 conhecemos as célebres palavras que Caifás, dirigidas aos "colegas" sacerdotes e fariseus:
«É preciso que um homem morra pelo povo.»
Também os Apóstolos, como conta Atos 4, tiveram que prestar contas diante de Anás e Caifás, depois de terem curado um homem aleijado. Os sacerdotes questionaram a autoridade dos apóstolos para executar tal milagre. Pedro, então, explica que Jesus Cristo era a fonte de seu poder, Caifás e os outros sacerdotes perceberam que os dois homens, por mais que não tivessem qualquer educação formal, falavam de maneira eloqüente sobre o homem a quem chamavam de Salvador. Caifás mandou-os sair do conselho e entrou em conferência com os outros. Juntamente com Anás, anunciou que as notícias do milagre já haviam se espalhado demais e que qualquer tentativa de negá-lo seria vã; em vez disso, os sacerdotes deveriam alertar aos apóstolos que não mais mencionassem o nome de Jesus. Os dois, no entanto, ao ouvir esta ordem dos sacerdotes, recusaram-se a obedecê-la, alegando não poder deixar de falar do que tinham visto e ouvido.