Esse mês corresponde aproximadamente ao mês de setembro do nosso calendário.

Segundo o calendário hebraico tradicional, o mês em questão é o tishrei. Na Bíblia esse mês é chamado também de etanim (אתנ'ם), aparecendo assim em 1Reis 8,2:

Todos os homens de Israel se reuniram, durante a festa, com o rei Salomão, no mês de Etanim, que é o sétimo mês.

Tishrei, no calendário civil é o primeiro mês do calendário lunar hebraico, enquanto que do ponto de vista religioso, é o sétimo, sendo o mês de Nissan (mês da Páscoa) o primeiro mês do ponto de vista religioso.

Sendo lunar, o ano hebraico muda todo ano: por exemplo, o ano novo em 2018 começou em 10 de setembro, enquanto que em 2019 cairá no dia 30 de setembro (2020 = 19 de setembro e 2021 = 7 de setembro).

Esses dias de setembro marcam o primeiro dia do mês de Tishrei.

 

Calendário dos judeus

É o calendário oficial do estado de Israel e tem suas origens no calendário babilonês. Trata-se de um calendário lunar, baseado no movimento da lua. O ano é composto por 12 ou 13 meses, cada um com 29 ou 30 dias. Cada início do mês coincide com o primeiro dia da lua nova.

Antigamente, no tempo da Biblia, a determinação do início do mês era feita através da observação direta da lua, que era realizada por pessoas designadas para esse fim. Alguns ramos do judaísmo observam esse método ainda hoje. Todavia, existe um calendário fixo, baseando sempre no movimento da lua, mas que é ajustado em base ao movimento do sol. As festas hebraicas, de tradição biblica, são definidas em base a este calendário: sendo algumas intimamente ligadas ao ciclo da natureza, devem cair na estação certa.

O calendário judaico considera um siclo de 19 anos, que são divididos em normais (peshutim) e especiais (meubbarim). Os anos especiais são compostos de 13 meses. Os anos especiais são o terceiro, sexto, oitavo, décimo primeiro, décimo quarto, décimo sétimo e décimo nono do ciclo. O mês lunar dura 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 3 segundos. Isso faz com que, em relação ao calendário solar, o calendário lunar fique atrás de aproximadamente 10 dias e 21 horas num ano. Por isso, é necessário a um certo número de anos acrescentar o 13o. mês, recuperando a diferença, ficando para trás apenas 7 minutos a cada ano.

O ano novo no calendário hebraico se chama Hosh Hashanah, o dia do julgamento, quando Deus julga cada pessoa individualmente conforme as suas ações, estabelecendo um decreto para o ano que segue. Neste dia se toca o shofar, feito com o chifre de um animal.

O ano novo (Rosh Hashananh) cai no dia 1 do mês Tishrei. Em 2016 esse dia concidiu com o dia 2 de setembro. Algumas correntes celebram 2 dias de festa, o dia primeiro e segundo de Tishrei, enquanto que as comunidades reformistas celebram num único dia. A tradição rabínica retem que foi nesse dia que Deus terminou a criação do mundo.

O Rosh Hashanah marca a mudança do ano no calendário, todavia existem outros dois anos novos na tradição judaica: o ano novo das arvores (Tu Bishvat) e o ano novo dos reis. O novo ano das arvores, celebrado no dia 15 Shevat, marca o dia em que os dízimos da fruta são contados em cada ano. Nesse dia a festa é realizada comendo frutos tipicos da terra de Israel e plantando árvores, sobretudo com as crianças. O novo ano dos reis, que cai em 1 Nisan, recorda que era a partir desta data que, no período bíblico se contava o ano de reinado dos reis judeus.

Concretamente, Nisan é considerado o primeiro mês do calendário judaico, tanto que a ordem das festividades se baseia neste mês do calendário.

Veja nesse link o calendário judaico atual.