Olá Marta Medeiros de Viamão - Rs!!

Interessante sua pergunta sobre esta sétima Igreja que aparece no livro do Apocalipse (3,14-22): Laodicéia. Conhecer os aspectos que envolve sua pergunta ajudam a entender a mensagem que João transmite para a comunidade cristã nascente nesta rica cidade da Ásia.

Respondo de forma objetiva para teres uma primeira visão da realidade desta cidade de Laodicéia:

Laodicéia se destacava entre as cidades da Ásia e a torvava famosa por três coisas:

-  seu grande interesse bancário, era uma cidade que circulava mercadorias, em especial ouro.

- sua indústria têxtil vinda a lã da criação de ovelha negras. Os tecidos feitos com está lã eram famosos e gerava uma riqueza impar para a cidade.   Se faziam túnicas de linho muito cobiçadas na época.

 - Existia na cidade uma Escola médica famosa por sua produção de uma pomada para os olhos (colírio).

O evangelista João fez referência a todas as três, e apresenta de forma muito eloquente no texto.

Para costumes:

 Era uma cidade rica, comercial servia de cruzamento de vias de transporte de mercadorias, com bancos e a presença de uma comunidade judaica muito forte, ligada aos negócios e transações comerciais. A riqueza gerava a ostentação das pessoas, a arrogância, e a primeira comunidade cristão se defrontou duramente com esta realidade.

Para vestimentas:

Importante indústria têxtil existia na cidade. A lã negra vinda da criação de ovelhas negras, gerava importante fonte de riqueza para a cidade. Os rebanhos mantidos próximo aos vales produziam lã negra que era excepcionalmente macia. A lã era comprada e vendida nos mercados da cidade.

Nota: A equipe de arqueologia do Canadá desenterrou um centro de tingimento de roupas de 1.500 anos de idade e uma grande casa de campo (Vila).

Também grande quantidade de roupa branca era vendida (Laodicéia era um centro de produção deste vestuário).

Aliada a vestimenta existia uma expansiva indústria do couro vinda do couro das ovelhas. Se faziam sandálias e outros acessórios... Junto com algumas peças de couro usadas como vestuário.

Para alimentos:

Laodicéia não era uma cidade que vivia da agricultura, sua especialidade era outra, era rica no comércio, com sistemas bancários desenvolvidos, industrias de tecidos de lã e linho, artesanato na fabricação de couro, (fabricação de sandálias) uma grande indústria medicinal que produzia uma pomada para os olhos (colírio).

 As leituras que fiz para a resposta, não falavam de uma Laodicéia agrícola. Mas ela vivia também da agricultura, da ovinocultura. No importante vale do rio Lico, eram criadas ovelhas, das duas espécies de cor branca e negra.

Certamente na cidade existia o comercio da venda da carne destes animais. Bem como os derivados vindo deles.

Como era uma cidade comercial em entroncamento de rotas, muitos alimentos chegavam por estas estradas. Uma cidade “industrial”, que adquiria seus principais alimentos com a riqueza gerado da venda de seus produtos manufaturados.

Para Medicina:

Uma escola de medicina estava ligada ao templo de Esculápio, cujos médicos preparavam um pó frígio famoso para a cura de infecções oculares, usado em forma de colírio. Neste templo afluíam pessoas de toda a região buscando cura.

Concluindo:

O Império Romano guardava em Laodicéia ouro, prata e moedas, homens de negócios de toda a região viajavam para a cidade a fim de auferir lucros. As fábricas produziam lã e linho finíssimos, a indústria do couro era desenvolvida como fabricação de sandálias. Devido as águas medicinais grandes centros médicos podiam ser encontrados em Laodicéia. Sua escola de medicina era a melhor da época, atraia estudantes de várias localidades.

Aliando o texto bíblico de Apocalipse 3,14-22:

Laodicéia necessitava:

-  verdadeiramente de “ouro refinado pelo fogo”, para enriquecer sua personalidade

- de roupas exteriores brancas, para lhe dar uma irrepreensível aparência cristã, sem quaisquer características não-cristãs, que eram tão vergonhosas quanto a nudez física.

– do “unguento espiritual para os olhos”, a ser aplicado para remover-lhe a cegueira quanto à verdade bíblica e às responsabilidades cristãs.

Consulta:

BLAKE C. EVERETT, & EDMONDS, ANNA G., Sites Bibliques de Turquie, Redhouse press, Istanbul Turkey, 1978, pág. 132-134.