Não há nenhuma dúvida a respeito da natureza da morte de Jesus: ele não morreu naturalmente, mas foi condenado à morte, foi executado, foi assassinado.
Quem condenou Jesus a esse fim atroz foram primeiro de tudo os "chefes" de então. Nesse grupo podemos incluir a Pôncio Pilatos (representante do Império Romano) e ao Sumo Sacerdote, as duas autoridades de então, política e religiosa. Eles não entenderem a mensagem de Cristo e se deixaram levar pelas próprias lógicas. Não foi uma condenação apenas religiosa feito pelos judeus - conclusão errada que provocou tantos danos na história da humanidade - mas um resultado da intriga da sociedade, política e religiosa, que não sabe escutar uma voz profética, que anuncia quem realmente é a humanidade, de onde vem e a que é chamada. E não é apenas o resultado da decisão de autoridades, mas contou com o apoio da maior parte da sociedade de então.
Analisando a cena do calvário, vem espontânea compartilhar essa reflexão:
Sob aquela cruz há também a crueldade pura e dura, a dos chefes e dos soldados que não conhecem piedade e conseguem profanar até mesmo o sofrimento e a morte com zombaria: «Se és o rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo!». Eles não sabem que exatamente as suas palavras sarcásticas e a escrita oficial colocada sobre a cruz - «Este é o rei dos judeus» - dizem uma verdade. Certo, Jesus não desce da cruz com um espetáculo surpreendente: ele não quer adesões servis fundadas no prodigioso, mas uma fé livre e um amor autêntico. No entanto, exatamente através da derrota da sua humilhação e da impotência da morte, ele abre a porta da glória e da vida, revelando-se o verdadeiro Senhor e Rei da história.