Uma das coisas que se aprende lendo os Evangelhos, as ações de Cristo, é o quanto Deus é misericordioso. Como na parábola do Filho Pródigo, espera sempre que quem comete um pecado "volte", se converta. E quando se converte, Ele faz festa. É claro que quando se comete um pecado, ele traz consigo consequências que vão além da esfera pessoal, atingindo toda a comunidade. Um pecado tem consequências que nem sempre se podem remediar. E essas consequências permanecem como sinal da nossa fraqueza, para recordar que não podemos ser como antes, que é preciso uma conversão constante.
Do ponto de vista moral, poderíamos aplicar tudo isso aos casos de separação, aos novos casamentos, às famílias separadas. É uma perspectiva muito pessoal e sem amparo legal, ao menos do ponto de vista canônico. Não significa que a separação pode se tornar uma prática normal; não é assim. Para Deus, um casamento é para toda vida e quem não segue essa norma, contradiz a vontade divina. As tragédias humanas, os erros que se comete são sinais da nossa fraqueza e não vontade de Deus. Portanto, se você se separou, casou novamente, obviamente não é um exemplo. Mas isso não significa que foi condenado por Deus, não significa que está danado por toda a vida.
O divórcio não deve ser esquecido, mas permanece como um sinal que recorda a fragilidade, a incapacidade humana de fazer o bem desejado por Deus, tendendo sempre ao mal, apesar da natureza divina que está em nós. O resto da vida deve ser vivido com maior empenho, sem repetir os erros passados. Afinal, Jesus quando perdoava alguém dizia sempre: "vai e não peque mais". Ou seja, Deus acolhe o pecador, mas sempre detesta o pecado e não aprova, de maneira alguma, a separação de um casal. Apesar disso, quer que você viva feliz, erga a cabeça, e tente novamente.