Poderíamos erroneamente pensar que ele fosse um dos 12 apóstolos, mas não é assim: o autor do segundo Evangelho provavelmente não conheceu a Jesus, mas aprendeu sobre Jesus Cristo graças a sua convivência com os apóstolos, especialmente com Pedro e Paulo.
Como acontece com a maioria dos personagens bíblicos, conhecemos pouco sobre Marcos. Sabemos que era um judeu, mas é provável que tenha nascido fora da Palestina, de uma família rica. Foi um companheiro do apóstolo Pedro, nas suas viagens até Roma, aonde provavelmente escreveu o Evangelho. Pedro o o chama de "meu filho". Além da sua familiaridade com Pedro, Marcos conviveu também com o apóstolo Paulo, que conheceu em 44, quando Paulo e Barnabé trouxeram para Jerusalém a coleta da comunidade de Antioquia. No seu regresso, Barnabé trouxe consigo o seu jovem sobrinho Marcos, que mais tarde se viu ao lado de São Paulo em Roma.
A última informação que temos dele vem exatamente d Paulo, quando escreve a Timóteo, provavelmente de Roma: "Levai Marcos convosco. Posso muito bem precisar dos seus serviços".
Sobre a sua morte existem apenas hipóteses que derivam da tradição. Teria morrido por volta de 68, segundo alguns de morte natural e outros como mártir, em Alexandria, no Egito. Há um apócrifo chamada de "Atos de Marcos", do século IV, que relata que no dia 24 de abril ele foi arrastado pelos pagãos pelas ruas de Alexandria amarrado com cordas ao pescoço. Atirado para a prisão, no dia seguinte ele sofreu o mesmo tormento atroz e sucumbiu. O seu corpo, incendiado, foi retirado da destruição pelos fiéis.
Uma tradição diz que dois comerciantes da cidade de Venezia levaram, em 828, seu corpo para aquela cidade da Itália, aonde estaria sepultado.