Olá Ilma de Pinho Araújo Bandeira de Fortaleza - CE!

A resposta a sua pergunta, na verdade seria longa, pois abrange vários aspectos da vida da Palestina do tempo de Jesus.

Teremos que restringir a matéria e colocar o que realmente interessa. A sua pergunta fala na Judéia, que seria a região em que está o templo de Jerusalém. Temos ao norte a Galileia com outras características de populações e trabalhos etc.

 

A situação da Palestina na época de Jesus incluindo a Judeia

Palestina do século I era uma região ocupada pelo Império Romanos desde sua conquista em 63. A.C pelo General Pompeu e suas legiões de soldados romanos, por conseguinte, estava submissa aos Romanos em forma escravagista e tributária, no sentido de que um poder central Seria Roma vivia do tributo pago por comunidades, povoados e cidades, que foram conquistados em torno ao Mediterrâneo. A Judéia da época de Jesus, vivia está realidade tributária e de pesados impostos aos Romanos.

 

Como viviam as populações na Judéia?

A Judeia, território situado ao redor de Jerusalém e de seu templo, região montanhosa e caracterizada, economicamente, por uma estrutura de produção tributária.

As terras, em sua maioria, eram áridas e secas, que dificultavam a produção. Nelas se cultivavam oliveiras e frutas, a criação de rebanhos – cordeiros e cabras – estava bastante desenvolvida.

Duas grandes atividades constituíam a base da economia judia: a agricultura e a criação de animais, categorias com nível técnico mínimo, estruturadas em comunidades que viviam em pequenos povoados ou vilas.

 A atividade artesanal, diferentemente, crescia e se desenvolvia nas cidades, sendo os judeus tidos por hábeis e aplicados artesãos. O terceiro setor fundamental da atividade econômica era o comércio, que tinha por foco de desenvolvimento as cidades e por propulsor o setor dos latifundiários.

 

Estado estabelecido em Jerusalém empregava muitas pessoas

Na Judéia o estado era um grande empregador, foram erguidas grandes obras como reconstrução do Templo, edificação de palácios, monumentos, aquedutos, muralhas etc.

No centro da Judéia estava o Templo de Jerusalém unido ao Estado, revelando toda a sua pujança econômica, com 18.000 funcionários, abrigando um contingente populacional da ordem de 50.000 a 60.000, em uma cidade que possuía cerca de 600.000 almas.

Na Judeia vivia uma sociedade dependente com um sistema de classes sociais complexo com graus de integração com a dominação romana, presente na cidade. As classes altas estavam bem integradas ao comércio internacional dirigido por Roma, ao passo que os pequenos agricultores, artesãos e comerciantes estavam empobrecidos pelo sistema tributário.

Existia uma distinção entre os habitantes dos centros urbanos e centros rurais e a dualidade entre colônia e império.

No meio rural, o chefe da família era o homem e a família vivia de forma patriarcal

Em Jerusalém, existia o Sinédrio, como um grande Conselho judaico, estava formado por setenta e um membro, que representavam os sacerdotes principais, os escribas e os anciãos. A monarquia conformava um terceiro componente do Estado judeu, a dinastia herodiana, absolutamente dependente de Roma, que exercia sua dominação interna com uma repressão tanto política como econômica.

Em Jerusalém centro da Judeia deparava-se com várias correntes ideológicas, distribuídas em: saduceus, fariseus, escribas, essênios, zelotes e herodianos, que, em suas relações e contradições, estruturavam o campo das forças religiosas e políticas, e expressavam a diversidade das classes sociais da época.

A ação de Jesus na Palestina de seu tempo (Judeia)

Jesus de Nazaré opôs-se à aristocracia sacerdotal e laica, e, igualmente, ao baixo clero e aos escribas e aos fariseus. A atuação preferencial de Jesus não foi no Templo de Jerusalém, mas nos caminhos da Palestina, tendo Ele passado a maior parte da vida de pregador ambulante na fértil e contraditória Galileia. Na Judéia Jesus comparecia nas festas de preceito Judaica com seus discípulos.