Não é fácil de dar tal resposta, pois não temos registro desses dados e é possível apenas, apoiando-nos em indícios indiretos e algumas evidências, fazer algumas hipóteses.
No tempo de Cristo, a cidade era muito florescente. Sendo um lugar fértil, os frutos e plantas dessa localidade constituíam uma renda considerável. Devido a essa importância, Marco Antônio ( 83–30 a.C.) deu-a à rainha do Egito, Cleópatra, que vendeu a propriedade a Herodes, o Grande. Com este monarca a cidade, localizada mais para o sul, onde o Wadi elKelb chega na planície, a cidade de Herodes atingiu o mais alto grau de prosperidade e importância tanto por sua posição geográfica na estrada que ligava os países transjordanianos com Jerusalém, quanto por sua extraordinária fertilidade. Herodes construiu um hipódromo, um anfiteatro, equipou-a com jardins irrigados por obras de água e ali estabeleceu uma residência de inverno. Durante as festas da Páscoa, Jericó era o lugar de encontro dos judeus que vinham da Pereia e da Galileia para Jerusalém. Jesus também passou por lá várias vezes e na sua última viagem à cidade santa curou os dois cegos e aceitou o convite do publicano Zaqueu.
Diante desse auge, atingido na época em que Cristo nasceu, poderíamos dizer que a cidade tinha cerca de 7 mil habitantes. Estima-se que Jericó, no tempo de Josué, quando os hebreus entraram na Terra Prometida, 1200 anos antes de Cristo, tivesse entre 2 e 3 mil habitantes (Enciclopédia Britâninca).
Jericó
Jericó é uma cidade especial, tida como a mais antiga do mundo, construída cerca de 8.000 atrás. Na verdade, existem várias fases dessa cidade e cada uma delas se situa em local diferente, com alguns quilômetros de distância. Aquela antiga (Tell es-Sutan), que teria sido conquistada por Josué, quando os hebreus conquistaram a Terra Prometida, não é a mesma do tempo de Cristo. E a que surge hoje, uma cidade do território palestino, cresce espalhada, em lugares diferentes.
É um lugar especial, pois se encontra no meio do deserto, mas há abundância de água e, na verdade, é um oásis no meio do deserto. Se encontra a poucos quilômetros do Rio Jordão, na parte sul, próxima do Mar Morto.
Localiza-se a cerca de 240 metros abaixo do nível do mar e a sua população atual é de aproximadamente 20 mil pessoas.
A sua presença na Bíblia não se resume na "cidade conquistada por Josué", mas aparece também nos Evangelhos. Destacam-se as passagens que falam da cura do cego e também de Zaqueu, que sobe na árvore para ver Jesus.