Olá Débora Roquini de Souza de Lavras - MG!

Na leitura e estudo da primeira multiplicação dos pães (aparece Mateus 14,13-21; Marcos 6,30-44; Lucas 9, 10-17; João 6,1-13), nos perguntamos pelos 5 mil homens, ou queremos interpreta as sobras de 12 cestos de pães, mas não nos perguntamos a respeito do número 50 que aparece em Lucas 9,14 e Marcos 6, 20 que fala em grupos de cem e cinquenta. No estudo deste milagre de Jesus é importante interpretar o que o número 50 quer nos dizer. Vejamos alguma indicações:

E agora? O que fazer? Os cinco pães e os dois peixes não dariam para alimentar toda aquela multidão. De acordo com o texto, eram uns 5.000 homens (Lucas v. 14) e, se considerarmos a presença das mulheres e das crianças, o número talvez chegasse perto dos 20.000. Era uma verdadeira multidão!

 

Os discípulos e a solução para o impasse

Comprar comida não solucionaria. Eles já traziam consigo o recurso. Bastava que os apóstolos abrissem mão do que tinham e os pães se multiplicariam. O milagre teria que depender da atitude de fé, ousadia e desapego dos discípulos. Eles deveriam acolher as pessoas e não despedi-las. Não estavam ali para serem servidos e sim para cuidarem das necessidades do próximo, já que a noite chegava e a multidão estava faminta.

 

O milagre resgata a atitude de Moises em organizar o povo de Deus

Tal como Moisés organizava o povo de Israel no deserto, parece ter Jesus se inspira no Êxodo 18,21, e quer quer que o novo povo em formação se organize. Possivelmente para que o alimento fosse melhor distribuído e o acontecimento ficasse bem registrado na memória dos discípulos

 

5000 mil homens com 100 grupos de 50 homens

Pela matemática, passará a ter 100 grupos de 50 homens (Lucas v. 14), uma divisão fundamental para as obras assistenciais das comunidades darem certo. Tanto na ajuda espiritual quanto na troca de recursos materiais. Se os discípulos não se organizassem aconteceria a sobrecarga de serviços e muitos não poderiam ser atendidos.

 

Desafio para as comunidades de hoje

É humanamente impossível para um líder ou assistente social conhecer as necessidades de milhares de famílias. Já num grupo de 50 fica mais fácil de ouvir a cada um, reuni-los e evitar fraudes. Por isso, mais do que nunca hoje e necessário saber e querer descentralizar os serviços afim de melhor organizá-los em grupos menores.