Para o livro dos Atos dos Apóstolos, aonde se conta a eleição de Matias no lugar de Judas Escariotes, que havia traído Jesus, apenas os 12 escolhidos por Cristo podem ser considerados apóstolos para todos os efeitos e propósitos. Portanto, para Lucas nos Atos dos Apóstolos, Paulo não recebe o título de "apóstolo", embora é colocado genericamente nesse grupo, como mostra Atos dos Apóstolos 14,4 e 14,14.
Por outro lado, em suas cartas, Paulo atribui seu ser apóstolo como um chamado que vem de Deus, que o chamou (cfr. 1Ts 2,7; 1Cor 1,1; 2Cor 1,1; Gal 1,1 e Rom 1,1), e muitas vezes ele se sente impelido a reivindicar esta prerrogativa: Deus lhe revelou seu Filho (Gl 1,5-16); viu o Senhor (1Cor 9,1); apareceu-lhe como aos outros apóstolos (1Cor 15,8); realizou as obras típicas do apóstolo (2Cor 12,12); Como prova da autenticidade de seu ser apóstolo mandado por Jesus há, além disso, a própria comunidade que foi gerada à fé através de sua pregação (1Cor 9,2-3), coisa que constitui uma espécie de carta de credenciamento de sua plena autoridade apostólica (cf. 1Cor 9,2-3). 2Cor 3,2).
Paulo, portanto, é dito "apóstolos dos gentios".