É errado relacionar o conflito Israel-Palestina com a Bíblia. Somos tentados a fazer essa relação porque geograficamente é aonde acontece a revelação e os judeus são o povo eleito por Deus. Paralelo a isso, a Terra na tradição bíblica é um elemento importante, pois grande parte da história de Israel representa a tentativa do povo eleito de encontrar o seu lugar geográfico.
O conflito entre Israelenses e Palestineses é algo muito recente e não tem nenhuma raiz bíblica. Entre os judeus hoje existem aqueles que pensam no direito de "possuir" a terra prometida por Deus a eles, direito que teria sido confirmado pela ONU no final da II Guerra Mundial. Esse movimento, dito "sionismo", não é uma unanimidade entre os judeus e inclusive tal tendência é rejeitada até mesmo pelos judeus ortodoxos, aqueles mais praticantes.
A paz é um princípio bíblico e a guerra, construção de muros são realidades que se distanciam da mensagem bíblica. O próprio nome "Jerusalém" evoca a paz, demonstrando o ideal que precisa ser buscado. A convivência pacífica é aquilo que se almeja, se consideramos fundamentalmente a Bíblia. Portanto, a Bíblia não legitima a separação, mas promove a convivência pacífica.