Como já dito em outra oportunidade, tratam-se de categorias de anjos. Daquilo que se deduz do principal texto mencionado para esse argumento, Efésios 6,12, essas duas categorias recolhem anjos maus. Paulo os menciona também em Romanos 8,39 e Colossenses 2,15.
Na tradição judaica, herdada pela fé cristã, existem entidades que fazem a mediação entre a esfera divina e aquela humana. Esses seres seriam os anjos, que são divididos por "coros", conforme uma terminologia medieval. Eles seriam os responsável por ligar a absoluta transcendência do divino com as atividades no mundo.
Alguns teólogos, como Dionísio, apoiando-se principalmente em alguns textos de Paulo, procuraram classificar essas categorias e uma das propostas, em ordem descrescente, seria
- Primeira categoria: serafins, querubins e tronos
- Segunda categoria: Dominações, virtudes e potestades
- Terceira categoria: Principados, arcanjos e anjos.
Na verdade, embora implícito na Bíblia, o texto sagrado não faz muita clareza sobre todas essas lógicas. É verdade que normalmente se supõe realidades que servem como mediação entre Deus e o ser humano, como se vê, por exemplo, no sonho de Jacó, mas sem entrar em detalhes. Será a literatura sucessiva, tanto hebraica quanto cristã, principalmente aquela com índole apocalíptica, como a tradição de Enoque, a se preocupar em explicar de maneira mais exaustiva essa realidade.