Ana Paula diz que erramos em uma resposta dada. Ela escreve assim:
Vocês disseram, sobre a união de Caim com uma mulher; discordo, pois eles se "casaram".
Publicamos outros textos sobre esse argumento, mas com exatidão não sei a qual você se refere. De qualquer forma, acredito que podemos dar algumas pistas que possam ajudar a refletir.
Resumindo quanto dito pela Bíblia, em Gênesis 4, recordamos que Caim assassinou seu irmão e teve que escapar para o "país de Nod, ao oriente do Édem'. Depois diz que ele "conheceu" sua mulher, da qual nasceu Henoc (Gênesis 4,17). Sabemos que o "conhecer" bíblico significa ter relações. De fato aqui o autor fala de Caim e "sua mulher" nada mais para contar sobre o filho que nasce. Tudo o que ultrapassa isso é mera especulação. Não é dito nem de "união" e tão pouco de "casamento". É óbvio que se trata de casamento, pois "união" é uma realidade moderna que não existia nem mesmo há um século, imaginemos há alguns milênios atrás. A família era uma instituição fundamental e todo desvio era algo inconcebível e punido. Portanto, em nenhum mometo podemos supor que a Bíbila fale de "união" no sentido da sociedade moderna.
Além desse esclarecimento, é momento de aproveitar a sua colocação para sublinhar, ainda uma vez, que os primeiros capítulos da Bíblia não são "história" no sentido que imaginamos. Esses textos contam verdades que servem para a nossa vida, que dizem quem somos, de onde viemos e qual é o modo de viver corretamente. Mas contam tudo isso com imagens mitológicas e não com narrações de eventos históricos. É tempo de deixar de pensar que adão existiu como uma pessoa história. Exisitiu, sim, como o primeiro ser humano, como o emblema da humanidade. Os primeiros 11 capítulos de Gênesis não contam mentira: contam a verdade sobre a humanidade; mas não contam eventos historicamente acontecidos.