O cristão é alguém que vive na sociedade, tentando passar os valores evangélicos com o próprio testemunho e com ações que implementam a doutrina de Cristo no mundo em que vive. A política é imprescindível para levar adiante essa tarefa. Por isso, diria que política tem muito a ver com o ser cristão. Pensemos a Jesus e a sua relação com a política: a moeda e a questão do tributo à Roma (“Dai o que é de César a César, e o que é de Deus, a Deus” – Mateus 22,21); a conversa com Pilatos, no processo antes da sua paixão, e a questão do poder (João 18 – 19). Além disso, podemos citar também todo o percurso dos hebreus, no Antigo Testamento, que é uma história onde seguimento a Deus e política se misturam.
Portanto, há dúvida sobre a necessidade de que o cristão se envolva em política. A pergunta correta seria: como deve ser a ação política de um cristão? E a resposta seria muito óbvia: uma ação que seja reflexo do evangelho, um modo de vida que se baseie nos ensinamentos bíblicos, propostas que estejam conforme os ensinamentos de Cristo, de modo que se transforme a sociedade na direção da construção do Reino de Deus.