Olá Elida Caetano do Rio de Janeiro.
Para responder sua pergunta vou me ater em especifico no seu pedido de ajuda para a compreensão de Miq 1,1-7.
É claro que seria ótimo se lesse na sua própria bíblia a introdução ao livro do Profeta Miqueias. Nesta leitura encontraras muitas explicações que posteriormente lhe ajudarão a entender o texto.
São informações, como quem é Miqueias sua origem. Incluído no número dos Profetas menores. A situação de sua época, causas do afastamento de Israel e Judá dos caminhos de Deus. Situação da conquista Assíria ao Território. A questão da idolatria que começa a se expandir e o povo começa praticar. A compreensão destes pontos lhe ajudam a entender os oráculos do profeta. No texto encontraremos 19 profecias divididas em três partes.
Procurando entender Miqueias 1,1-7
Miqueias é apresentado como um profeta que falava com autoridade dada pelo Senhor. A Palavra do Senhor veio a ele nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, no qual ele viu (uma revelação sobrenatural para a visão ou audição interior do profeta) que era sobre Samaria e Jerusalém.
Logo nos primeiros 2 capítulos Miqueias anuncia o julgamento e libertação na crise Assíria (1,2-2,13). Deus anunciou julgar os reinos do norte e do sul por meio da invasão Assíria, mas um remanescente seria mantido seguro em Jerusalém.
Miqueias previu que Deus castigaria o Reino do Norte (Israel) e o Reino do Sul (Judá) por meio dos Assírios devido aos pecados do povo
A decisão divina quanto à queda de Samaria (1,2-7).
Dos versos 2 ao 7, veremos a decisão divina quanto à queda de Samaria. Embora Miqueias tenha mencionado Judá (vs. 5), o seu primeiro oráculo diz respeito ao julgamento Assírio na Samaria, a capital de Israel.
O primeiro oráculo com quatro partes:
- - A convocação das nações para o julgamento (vs. 2).
- - Uma visão da chegada de Deus na batalha (vs. 3-4).
- - Uma acusação contra as capitais de Israel (vs. 5).
- - A sentença divina para destruir Samaria (vs. 6-7).
Vejamos cada uma delas, a seguir.
A convocação das nações para o julgamento (vs. 2).
Em Miqueias 1,2 o profeta começa alertando todos os povos e mandando a terra toda prestar atenção em suas palavras. O julgamento de Samaria que estava por vir deveria ser percebido por todas as nações da terra. O profeta anuncia que Israel (Reino do Norte e Reino do Sul) chegará o dia que Deus julgará a idolatria e os crimes sociais em todas as nações.
Uma visão da chegada de Deus na batalha (vs. 3-4).
O profeta descreve a severidade do ataque Assírio contra Israel, Judá e as outras nações no caminho da marcha Assíria.
Entretanto o Senhor sairá de seu lugar, de sua habitação nos céus e descerá e andará sobre os templos e sobre os palácios pagãos que estavam localizados em lugares altos. Ali era onde estavam sendo adorados outros deuses que não são deuses, mas deuses feitos e criados à imagem e à semelhança dos homens e não o contrário, como o Senhor tudo fez.
O versículo 4 diz abaixo dele os montes se derreterão e os vales se fenderão como a cera diante do fogo e como as águas que se precipitam num abismo. Esta linguagem simbólica é típica das profecias relacionadas a acontecimentos de importância nacional (cf. Na 1,5).
É anunciada a destruição da Samaria (vs. 6-7), embora a ameaça inclua também o julgamento contra Judá (vs. 5).
Uma acusação contra as capitais de Israel (vs. 5).
Jacó designa o Reino do Norte, como indica a associação com Samaria. Israel designa Judá, o Reino do Sul, como indicado pela associação com Jerusalém.
Assim a Samaria e Jerusalém foram acusadas de serem os centros da rebelião contra o Senhor. Designar Jerusalém como "os altos de Judá" significava identificá-la como lugar de adoração pagã.
Israel e Judá tinham se esquecido de seu Deus e passaram a seguir outros deuses, conforme haviam nas nações vizinhas que deveriam ter sido subjugadas e não imitadas como estavam fazendo.
A sentença divina para destruir Samaria (vs. 6-7).
A condenação da Samaria vem do próprio Senhor transmitindo a sentença. Faria de Samaria um montão de pedras do campo, uma terra de plantar vinhas, e faria rolar as suas pedras no vale, e descobriria os seus fundamentos.
Também destruiria suas imagens de escultura e queimaria as suas ofertas no fogo. As imagens de adoração pagã no Reino do Norte tinham vindo do salário da prostituição religiosa. A riqueza reunida pela prostituição religiosa seria tomada pelo exército Assírio e novamente usada para a prostituição.
Este tipo de linguagem de Miqueias é apresentado, porque para ele a Samaria inteira é uma prostituta, Como encontramos na linguagem profética de Oséias para Jerusalém.