Não acenemos aqui a distinções entre árabes e palestinos, apenas percorramos algumas informações sobre a origem do povo árabe segundo a tradição. A sua origem está intimamente ligada à Bíblia, à história dos patriarcas, especialmente de Abraão e Isaque.
O primeiro filho de Abração foi Ismael, que nasceu graças à “barriga de aluguel” de uma escrava, pois Sara não podia ter filhos. Assim nasceu Ismael da escrava Hagar, como contato em Gênesis 16,15. Legalmente, era filho de Sara e Abraão. Mas quando nasceu Isaque, como uma expressão de milagre acontecido em Sara, começaram os problemas de relação dentro da família. Assim Agar e o filho tiveram que abandonar o patriarca e foram viver no deserto.
A tradição islâmica vê em Ismael aquele filho que Deus disse para Abraão sacrificar. Ismael, sempre segundo a tradição muçulmana, teria nascido na região de Meca, aonde teria passada toda a sua juventude. Ele teria se casada com a filha do chefe da tribo daquela região, o primeiro proprietário de Meca. O próprio Ismael teria sido protagonista, junto com seu pai, na construção da Ka’ba e da Pedra Preta, último vestígio da casa colocada por Deus na terra nos primórdios como seu santuário.
Quando morreu, Ismael teria sido sepultado junto à Kaba, em Meca.
Tendo nascido e vivido nessa região, é considerado o antenado ilustre dos árabes. E os filhos de Ismael se tornaram epônimos de algumas tribos árabes importantes, tais como os nabateis.
Os árabes são ditos “ismaelitas” exatamente porque se recorda essa origem.