A estrela de Davi é um símbolo, hoje ligado intimamente com o país Israel, considerando que é o elemento principal da sua bandeira azul e branca, culmine do uso de um símbolo que começou a identificar a causa israelense a partir do Século XIX. Outra situação que marcou esse símbolo foi o uso imposto pelos nazistas aos judeus presos e assassinados nos campos de concentração, durante a II Guerra Mundial.

Além desse elemento ligado ao país, trata-se de um símbolo que atrai muita atenção das pessoas que veem nele elementos esotéricos ou algo de mágico e enigmático, pois aparece na assim dita “cabala esotérica” ou no ocultismo em geral. Esse tema não tem uma relação direta com a Bíblia. É provável que o seu interesse pelo sentido das 6 pontas da estrela entre nesse contexto.

Além disso, encontrei uma citação que explica da seguinte maneira o significado da “estrela”:

"O que está embaixo é como o que está acima, e o que está acima é como o que está embaixo, para fazer os milagres da realidade Uma. E como todas as realidades são e vêm de Uma, através da mediação de Uma, assim todas as realidades nascem desta única realidade através da adaptação. O encontro dos dois triângulos simboliza a união perfeita de espírito e matéria. Tudo o que existe e se manifesta no mundo fenomenal dos efeitos é um reflexo do mundo invisível das causas que estão lá no início, o microcosmo e o macrocosmo que se interpenetram e se espelham. Também representa a união e o equilíbrio do princípio masculino (triângulo apontando para cima) e o princípio feminino (triângulo apontando para baixo) dentro de si mesmos" (Wikipedia em italiano).

Em hebraico o termo usado é מגן דוד (Magen David), que mais que “estrela” significa “escudo de davi”. É provável que o símbolo derive do nome hebraico de Davi, mas não existe nenhuma evidência do seu uso na Terra Santa nos tempos antigos e nem no tempo do Segundo Templo era um símbolo largamente reconhecido em Israel, embora haja algumas presenças desse símbolo em ambiente judaicos antes de Cristo. De qualquer forma, na literatura hebraica, a primeira menção ao símbolo aparece somente em época muito recente, na Idade Média, em um texto de Judas Hadassi (metade do Século XII) e diz assim:

“Sete nomes de anjos precedem a Mezuzah: Miguel, Gabriel, etc... O Tetragrama protege a todos. E também o símbolo chamado 'Escudo de Davi' é colocado ao lado do nome de cada anjo”.

A partir de então começa a aparecer como símbolo em manuscritos e também em sinagogas, às vezes no lugar da Mezuzah.