A menção às 7 estrelas aparece logo no primeiro capítulo do Apocalipse, primeiro no versículo 16 e depois no 20, onde se explica o que elas são:
16. Na mão direita ele tinha sete estrelas, e de sua boca saía uma espada afiada, com dois gumes. Sua face era como o sol, quando brilha com todo seu esplendor.
20. Quanto ao mistério das sete estrelas, que viste em minha mão direita e aos sete candelabros de outro: as sete estrelas são os Anjos das sete Igrejas, e os sete candelabros, as sete Igrejas.
Esse texto aparece quando o Apocalipse apresenta, logo depois do prólogo, as cartas às Igrejas da Ásia. Praticamente essas igrejas são as destinatárias do livro. E nessas igrejas, cada uma especificada a partir do capítulo 2, estamos presentes todos nós, cristãos de hoje e de todos os tempos. O sete é, nesse sentido, símbolo da totalidade das igrejas existentes, tanto então quanto agora e no futuro. As igrejas são como candelabros de ouro, entre os quais o Senhor passeia. Na sua mão direita, aquela que tem força, tem sete estrelas, tem os anjos que governam cada Igreja. A Igreja, portanto, não é deixada sozinha, mas da força divina vem a sua proteção.
Segundo a tradição judaica, os anjos protegiam as pessoas e as comunidades, como se deduz, por exemplo, de Êxodo 23,20 seguintes.