Várias perguntas dos visitantes do nosso site batem na mesma tecla, tentando dissipar a dúvida causada pela incongruência histórica evidente entre os relatos do Gênesis e as descopertas arqueológicas e estudos científicos. Você também quer receber orientações para como interpretar essa realidade.
Primeiro de tudo ressaltamos que não existe contradição entre a Bíblia e as evidências das descobertas científicas modernas. Estamos diante de duas realidades completamente diferentes, que não se contrapõe, mas se completam. As ciências buscam a veradade empírica, enquanto que a Bíblia, em relação à história da criação, ilumina a razão do nosso ser, diz de onde viemos. Ela, quando fala de Adão e Eva, não pretende ser histórica, científica; por isso não pode ser colocada em confronto com a ciência. A história de Adão e Eva, como não cansamos de sublinhar, é uma composição que o autor sagrado construiu graças a elementos mitológicos que ele bem conhecia, com o único objetivo de contar como ele, com sua fé, via a origem do mundo, como Deus fez tudo. Ele não podia narrar empiricamente como tudo aconteceu, pois o autor bíblico, mesmo inspirado, escreve sempre como ser humano, condicionado por aquilo que conhece. E o Espírito Santo, que ilumina o autor, não faz revelações surpreendentes, mas comunica a verdade divina aos poucos, respeitando os tempos da história humana. Ou seja: não podemos ler Gênesis pensando de encontrar uma verdade científica.
A verdade científica tem a ver com as diversas descobertas que se tem feito, tais como o homem de Neandertal ou o homem de Cro-Magnon (restos humanos encontrados nessa cidade francesa). O primeiro, cronologicamente falando, é muito mais antigo e o segundo faz parte do Homo Sapiens, espécie à qual todos nós pertencemos.