Os capuchinhos de Portugal têm um portal aonde divulgam a tradução que fizeram da Bíblia: www.difusorabiblica.com/ No site eles vendem a Bíblia, mas você deverá ver as condições, pois seria uma compra na Europa. Os franciscanos de portugal têm também um site próprio, aonde pode ser que você consiga alguma outra informação: www.capuchinhos.org
Se você for prático com o celular, existe uma aplicativo disponível tanto para Android quanto par iOS. Veja nesse link.
Uma última alternativa, procure algum convento capuchinho aí no Rio e pergunte se eles podem lhe ajudar a ter essa tradução. Sei que tem uma paróquia na Tijuca, R. Haddock Lobo.
Tradução da Bíblia dos Capuchinhos – Difusora Bíblica
(apresentação da edição de 2001)
A DIFUSORA BÍBLICA nasceu em Beja no dia 25 de Fevereiro de 1955. Dos quatro objectivos propostos no documento de fundação, o primeiro era "Difundir e dar a conhecer a Palavra de Deus, a Bíblia, por meio de edições...". Em Março de 1960 editava o Novo Testamento em formato de bolso; em 1961, o Novo Testamento em formato normal; em 1962, o Antigo Testamento Abreviado; e em Janeiro de 1965, a BÍBLIA SAGRADA completa, no formato de 11,5x16,5, 2.199 páginas e 8 mapas, em papel bíblia, ao preço popular de 75$00.
Só em 18 de Novembro desse ano é que o Concílio Vaticano II recomendava, na Constituição dogmática Dei Verbum, "que se façam traduções apropriadas e cuidadas nas várias línguas, sobretudo a partir dos textos originais dos Livros Sagrados." (n.° 22)
Dessa primeira versão foram feitas 19 edições em formato normal e 4 em formato de altar, no total de um milhão, duzentos e vinte mil e quinhentos exemplares. Duas outras edições foram igualmente feitas para Angola: uma de 130 mil exemplares, em 1990, e outra de 102.500, em 1993; e em 1998, uma outra de 10 mil exemplares para a diocese de Leiria, no contexto do Sínodo Diocesano. Das outras edições, três foram de 80 mil exemplares, quatro de 70 mil, uma de 28 mil e todas as outras de 50 mil.
O texto de 1965 recebeu vários melhoramentos ao longo destes anos, graças ao contributo de conceituados biblistas portugueses. Nomeadamente, novas traduções de Isaías, Ezequiel e Salmos, novas notas do Novo Testamento e uma revisão total das notas do Antigo, além de uma primeira intervenção ao nível da nomenclatura. O formato passou, também, para 13x20, permitindo descer o número de páginas para 1696.
Entretanto, em 1993 a Difusora Bíblica participou, com a Sociedade Bíblica de Portugal, na edição da BÍBLIA SAGRADA em Português corrente, um trabalho interconfessional realizado segundo os critérios da tradução dinâmica. Mas, nesse mesmo ano de 1993, já a Difusora Bíblica tinha decidido avançar para uma remodelação total da sua própria edição.
Após muitos contactos para garantir a colaboração do maior número possível de biblistas, em 26 de Setembro de 1992 realizou com eles um primeiro encontro para fazer a distribuição dos livros por especialidades, acertar critérios comuns e escolher os coordenadores do Antigo e do Novo Testamento. Então, a proposta era apenas rever e actualizar, ao nível do texto e das notas, o que as últimas aquisições das Ciências Bíblicas, as regras da linguagem e as exigências do público recomendassem; e fixou-se o final de 1993 como prazo de entrega dos trabalhos. Marcaram-se mais duas reuniões para 1993: em 27 de Abril, para fazer o ponto da situação, e em 6 de Novembro, para os acertos finais.
Nesta última, resolveu-se aproveitar a oportunidade para fazer uma nova tradução a partir dos textos originais, novas introduções e notas, com o máximo rigor científico possível, tendo em conta os objectivos iniciais. Alargou-se o número de colaboradores para 23, todos formados no Instituto Bíblico de Roma e fez-se algum reacerto na distribuição dos Livros.
Seguiram-se mais encontros, até um total de nove, o último dos quais em 16 de Dezembro de 1995. Entretanto, uma equipa de colaboradores foi realizando outros trabalhos complementares: tratamento informático de texto, coordenação das introduções e notas, revisão literária, correcção de provas tipográficas, orientação gráfica, ilustrações e legendas, índices, suplementos, mapas. Em Julho de 1998 a nova BÍBLIA estava pronta. Faltava apenas a aprovação da Conferência Episcopal Portuguesa, recebida no dia 1 de Outubro do mesmo ano.
A 1.ª edição tinha como título "Nova BÍBLIA dos Capuchinhos". Porquê? Dos Capuchinhos, porque, mesmo antes de 1955, os Franciscanos Capuchinhos em Portugal são conhecidos pelo apostolado bíblico; e porque, ao longo dos anos, os leitores assim foram chamando à nossa versão da BÍBLIA, sobretudo a partir do momento em que surgiram outras edições. Já na 2.ª edição, simplificámos o título. Além disso, fez-se a revisão completa do texto, notas, introduções, lugares paralelos e índices da 1.ª edição, o que lhe trouxe maior perfeição, em relação à edição anterior. Esta 3.ª edição é a revisão da 2.ª, que recebeu alguns melhoramentos em certos pormenores.
Porquê esta nova BÍBLIA? Naturalmente, a BÍBLIA é a mesma, no que se refere aos textos originais; mas tudo o resto é novo. Começando pelo mais visível: o número de páginas, que passou de 1.696 para 2.144; as gravuras, pela primeira vez em Portugal integradas no texto de uma edição popular da Bíblia num só volume; o grafismo, com destaque para os textos poéticos, os hinos e os salmos, as citações do Antigo Testamento no Novo em itálico, o nome de Deus em versalete e o tratamento de Deus por Tu. Mas, a maior novidade está na versão dos textos originais e nas introduções, notas, lugares paralelos, índices, quadros cronológicos, suplementos e mapas. Tudo isto deriva de uma série de parâmetros e critérios científicos, pastorais, literários e linguísticos definidos em conjunto.
Na linguagem, e sem prejuízo da versão rigorosa do texto original, para tornar a mensagem mais compreensível, evitou-se o vocabulário e as expressões demasiado semitizantes. Com esta preocupação, os tradutores e os revisores literários procuraram respeitar as marcas da oralidade, cuidando também da linguagem inclusiva. Cuidou-se ainda o texto, quer para ser lido individualmente, quer para ser proclamado em grupo ou na assembleia litúrgica, evitando cacofonias, elisões e sibilações desagradáveis.
Por tudo isto, esta nova BÍBLIA, já na 3.ª edição, continuará certamente a prestar um valioso contributo à Igreja em Portugal e onde quer que seja falada a língua portuguesa. Foi este o nosso objectivo, desde o princípio. Com a 3.ª edição, queremos sobretudo prestar a nossa profunda homenagem a Jesus Cristo, Palavra do Pai, no início do terceiro milénio da sua Encarnação.
Esta é, pois, a Bíblia PARA O TERCEIRO MILÉNIO DA ENCARNAÇÃO, como dizemos em subtítulo, pois acreditamos que a solidez do trabalho realizado lhe vai garantir actualização e qualidade por muitos anos.
Lisboa/Fátima, 13 de Maio de 2001