Os manuscritos encontrados na localidade de Qumrãn, também conhecidos como "manuscritos do Mar Morto", suscitam muita curiosidade. É não é sem razão, pois foi algo algo extraordinário, que nos permite estar fisicamente muito próximos do mundo bíblico.
No começo de 1947, pastores beduínos encontraram no deserto, próximo ao Mar Morto, uma gruta que continha pergaminhos. Foram, em seguida, encontradas outras 10 grutas. Nas 11 grutas foram encontrados 11 manuscritos mais ou menos completos e milhares de fragmentos de mais de 800 manuscritos em pergaminho e papiro. Escritos em hebraico, aramaico e grego, cerca de 225 manuscritos são cópias de livros bíblicos, sendo o restante livros apócrifos, trabalhos exegéticos e escritos da comunidade que vive em Qumran.
O local foi destruído pelos romanos em 68 d.C. Por isso sabemos bem que todo esse material é anterior a essa data, ou seja, muitos são contemporâneos de Cristo e há alguns que são até mesmo anteriores a Jesus. Esses simples dados já demonstram a importância dessa descoberta e também já responde em parte a sua pergunta.
Em relação à Bíblia, existem 225 manuscritos ou fragmentos de livros bíblicos. Há um manuscrito do livro de Isaías em bom estado de conservação. Outros textos bíblicos estão em pedaços. Todos os livros da Bíblia Hebraica (Antigo Testamento) estão presentes em Qumrãn, exceto o livro de Ester. Não existe nada referente ao Novo Testamento, pois quando o local foi destruído estavam sendo escritos esses livros.
Os manuscritos que ali se encontraram não representam o texto original, escrito pelo autor bíblico. São cópias dos textos bíblicos, mas dada sua antiguidade, representam uma testemunhança muito importante para os estudiosos, especialmente para aqueles que se dedicam à crítica textual, que procura descobrir o texto original da Bíblia, do qual não existe mais o manuscrito.
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