É exatamente assim. Ainda que muitos não o considerem dessa forma, nossa vida indiscutivelmente termina em Deus, pois dele viemos e a ele iremos. É emblemática a citação de Eclesiates (0 Qoelet) 12-6-7:
Sim, com certeza, lembra-te de Deus, antes que se rompa o cordão de prata, ou se quebre a taça de ouro; antes que o cântaro se despedace junto à fonte, a roda se quebre junto ao poço; o pó retorne à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o concedeu.
Santo Agostinho dizia que o nosso coração não repousa em paz até que encontre a Deus. Embora cada vez mais a sociedade se mostre sem religião, longe, teoricamente, dos princípios divinos, o mundo alcançará a própria realização somente à medida que se aproxima dEle, pois de Deus viemos e nele enontramos nossa plena felicidade. É indubitável que todos busquem a felicidade, a plena realização. Por isso é automático pensar que todas as estradas deveriam conduzir a Deus, embora, na realidade, nem sempre é assim. Mas a eventual falência acontece somente por que somos limitados e nossas escolhas nem sempre são as melhores. Apesar disso, fica sempre uma busca fundamental, que é a busca de Deus. E isso vale para todos, independente da própria religião ou ideias.
A passagem de Eclesiastes relembra a nossa fragilidade, o "pó". Se não busquemos Deus, se nossas estradas não levam a ele, esse destino é inevitável. Mas em Deus somos grandes: somos seus filhos, frutos de suas mãos, que nos plasmou. Bem disso, de como é a vida sem a busca de Deus, fala o Salmo 146, no versículo 4:
Ao se esvair seu espírito, eles voltam ao pó; no mesmo dia seus planos se apagam.