A tradição diz que Pedro (e também Paulo) morreu em Roma, durante o tempo do Imperador Nero, que governou o Império Romano de 54 a 68 depois de Cristo. Em particular, segundo algumas fontes, Pedro foi crucificado, enquanto Paulo foi decapitado. Pedro teria sido crucificado de cabeça para baixo, posição que o próprio apóstolo desejou, por não se julgar digno de morrer como Cristo.

Nero perseguiu de maneira terrível os cristãos. Começou a persegui-los no ano 64, quando provavelmente morreram os dois apóstolos. O Imperador encontrou nos cristãos um bode expiatório pelo incêndio que ele mesmo tinha atacado em Roma. Tácito descreve as torturas a que os cristãos foram submetidos por Nero: "E os que morreram também foram escarnecidos, cobertos com peles de animais, para que morressem despedaçados pelos cães, ou postos em cruzes e incendiados, para que, ao cair do dia, ardessem como tochas noturnas". Várias fontes cristãs atestam que os apóstolos Pedro e Paulo sofreram o martírio em Roma precisamente nessa perseguição.

 

Pedro Papa

O papa é o bispo de Roma. Para a tradição cristã ocidental, transmitida até hoje pelos católicos, Pedro foi o primeiro "bispo" de Roma e por isso é dito primeiro papa.

A questão de Pedro como “papa” efetivamente é um problema ligado à tradição e às leituras muitas vezes influenciadas por temas políticos e nem sempre caracterizadas por uma reflexão teológica. Mas, além do dado de fato que foi o primeiro apóstolo a dirigir a Igreja de Roma, é também evidente o protagonismo de Pedro entre os discípulos de Cristo. Todos os cristãos de um certo período histórico e os católicos de hoje veem nesse protagonismo uma clara sua missão também diante de toda a Igreja.