A questão é muito insidiosa e pode provocar confusão nesse momento histórico que vivemos, pois acaba se transformando em tema político. Existem dois perigos. O primeiro é o de colocar em justaposição o sofrimento dos palestinos de hoje e aquele de Cristo, fazendo vir à tona a acusação indireta de deicídio, uma motivação ideológica que está à base de séculos e séculos de antijudaísmo por parte dos cristãos. Por outro lado, há também o perigo de diminuir a importância histórica da encarnação de Cristo, tirando do contexto geográfico em que esse evento se deu.
Em síntese, direi que o correto é dizer que Jesus era judeu, nascido na Palestina. Ninguém pode negar a sua fé religiosa, a sua pertença ao povo judeu. Da mesma maneira, ninguém pode negar que Ele viveu no território da Palestina.
É errado relacionar o conflito recente Israel-Palestina com a Bíblia.