Essa frase se encontra no Evangelho de Mateus, no versículo 1 do segundo capítulo. Os Magos são mencionados somente por Mateus (2,1-12), descritos como pessoas que visitaram o menino Jesus logo após o seu nascimento, trazendo para ele “ouro, incenso e mirra” (Mt 2,11). Mateus não diz quanto são e nem os seus nomes, embora normalmente dizemos que são 3 e seus nomes seriam Melquior, Batasar e Gaspar. Essas informações chegaram até nós através dos apócrifos, especialmente o Evangelho Apócrifo Armeno da Infância, que é bem tardio, do fim do século VI.
O termo grego usado é MAGOS e aparece 3 vezes nesse trecho de Mateus e outras duas vezes em Atos dos Apóstolos 13,6.8, quando se fala do falso profeta Elimas, de Chipre. Provavelmente essa passagem ajuda a falsificar a impressão que temos dessa palavra. Na verdade, essa palavra representa um adjetivo para as pessoas de uma tribo de Madiã, os magoi, que viviam na zona da Arábia, perto do Mar Vermelho.
Os homens que visitaram Jesus são chamados com esse termo não por que eram “adivinhadores e esotéricos”, mas porque tinham grande conhecimento da astrologia. De fato, entres os persas, se definia “Mago” aqueles que os judeus chamavam “escribas”, os gregos “filósofos” e os latinos “sábios”.