A globalização traz em seu bojo formas degradadas e alienantes de religião ardilosamente exploradas na defesa e consolidação dos sistemas de opressão e de egocentrismo individual e coletivo; a idolatria do mercado tende a incrementar a mercantilização da religiosidade. Por outro lado, com ela as religiões se vêem forçadas a se encontrar e convidadas a dialogar e a se entender.

Conjugando erudição e sensibilidade, objetividade e calor humano, o autor lança um olhar sobre o judaísmo, o islamismo, o cristianismo, o hinduísmo, o budismo, as religiões afro-brasileiras e as dos povos indígenas, e insiste nas promessas e exigências do diálogo inter-religioso que encerram.

O diálogo inter-religioso é considerado como o verdadeiro caminho da reconciliação da humanidade. Afirmando-se na plena identidade de sabedoria humana aberta à transcendência, a religião poderá reconhecer na globalização a grande chance de universalidade para sua mensagem e tornará mais visível a prática do amor universal.

O autor
Frei Carlos Josaphat é dominicano, nos seus oitenta anos se vai mostrando incansável em sua faina de professor e de escritor. Em umas dezenas de livros, em seu ensino dentro e fora de nosso país, procura confrontar os valores éticos com os desafios da cultura, da política, da economia e da mídia. Seu interesse se concentra no estudo e na promoção da justiça social. Lutar é preciso para garantir "todos os direitos para todos", e enfatiza "e para todas". É o lema deste teólogo que gosta de se apresentar como roceiro filho de roceiro, ou como um mineiro de Abaeté.