Esse é um tema que ultrapassa o aspecto bíblico, assunto do nosso site. Portanto podemos dar uma resposta breve e convidamos que continue na sua busca.
Como diz Paulo a Timóteo, a Igreja é a coluna que mantém em pé a verdade (3,15) ou, como escrito em Judas 1,3, é a realidade que mantém viva a fé confiada aos santos, conservando a memória das palavras de Cristo e transmitindo os ensinamentos dos apóstolos.
Essa definição serve de base para estabelecermos o que é a Igreja e proceder com nossos juízos.
Em relação à Igreja católica, é necessário ter presente a história das divisões que existiram durante os vários séculos. Deixando de lado tantos problemas existentes já no início da história da Igreja, com as heresias, por exemplo, poderíamos resumidamente dizer que temos duas grandes divisões. A primeira foi o cisma entre o Oriente e o Ocidente, quando a Igreja oriental bizântina e o catolicismo romano se separaram. A data desse cisma é indicada como sendo 1054, quando o papa Leão IX e o Patriarca Miguel I se excomungaram reciprocamente, mas o processo é muito mais complexo.
O segundo grande cisma foi durante o século XVI, na época de Lutero, quando nasceu o protestantismo.
Hoje existem inúmeras igrejas cristãs. Não creio que nenhuma se pode dizer, sem ser arrogante, detentora exclusiva da herança de Cristo. A existência dessa divisão nos acusa e condena. O cristianismo, no seu íntimo, nasceu para ser uno. Aquilo que podemos fazer é rezar com Jesus: “Não rogo somente por eles, mas pelos que, por meio de sua palavra crerão em mim: a fim de que todos sejam um” (João 17,20-21).