As notícias nos Evangelhos sobre o pai putativo de Jesus são poucas. Somente Mateus e Lucas falam dele. Dizem que era descendente do rei Davi e morava na pequena cidade de Nazaré. Além de serem poucas, as informações parecem contrastantes, como no caso do pai de José.
Mateus 1,16: Jacó gerou José, o esposo de maria, da qual nasceu Jesus chamado Cristo.
Lucas 3,23: Ao iniciar o ministério, Jesus tinha mais ou menos trinta anos e era, conforme se supunha, filho de José, filho de Eli...
Em ambas as genealogias, José é neto de Matat. A partir desta consideração, já no 3 século, Júlio Africano propôs uma solução: José era filho de Jacó, mas tinha Eli como padrasto. Tal hipótese, todavia, não tem nenhuma fundamentação histórica.
A resposta mais comum é que o pai de José, como diz Mateus, é Jacó. Muitos exegetas, de fato, dizem que Lucas não fala da genealogia de José, mas de Maria. Para Mateus, cujos destinatários eram judeus, era importante sublinhar o aspecto messiânico de Jesus, fazendo-o descender de Davi, mas para Lucas, que escrevia para os gentios, o importante era a humanidade de Cristo. Por isso ele descreve a genealogia da sua mãe até o primeiro homem, Adão.
Temos outras informações sobre José que vem dos Evangelhos Apócrifos, sobretudo do Proto Evangelho de Tiago. Essa obra diz que quando se casou com Maria era muito ancião e foi escolhido entre outros pretendentes por que o seu bastão floreceu milagrosamente. É por isso que normalmente ele é apresentado com Jesus no colo e com um bastão na mão do qual nascem flores.