Babilônia, na antiguidade, era uma cidade de destaque, de onde derivam também mitos importantes, sobretudo sobre a sua criação, que influenciaram a narração bíblica sobre o início da humanidade. Era também chamada de Babel. Ligados a este local há muitas realidades e personagens de quem nós provavelmente já ouvimos falar: Hamurabi, Amorreus, Sumeros, Hititas, Senaqueribe, Assurbanipal, Assíria, Nínive, Mesopotâmia, Nabucodonosor, exílio, etc.
Hoje a cidade não existe mais, mas se localizava às margens do rio Eufrates, no atual Iraque. Há mais de 2000 anos antes de Cristo era a cidade sagrada do Reino com o mesmo nome. Mais tarde, e aqui aparece a relação com a sua pergunta, tornou-se a capital do Reino Babilonês. Isso aconteceu no ano 626 antes de Cristo, quando a Cidade de Babilônia se libertou dos Assírios.
A fama da cidade no mundo judeu - e cristão - devira das obras realizadas pelo rei da Babilônia chamado Nabucodonosor (606 - 562 antes de Cristo). Ele conquistou Jerusalém, destruiu o Templo de Salomão e deportou muitos hebreus para a Babilônia, onde viveram em exílio por cerca de 50 anos (2Reis 24). Por isso a cidade de Babilônia é mencionada na Bíblia como símbolo dos inimigos de Deus e do seu povo, tornando-se uma metáfora para definir a realidade oposta àquela desejada por Deus. Daí nasce a oposição, sobretudo na literatura apocalíptica, entre Babilonia, lugar do paganismo e dos vícios, e a Jerusalém celeste (veja Apocalipse 22), regno de paz e virtudes.
Babilônia a grande é uma expressão que aparece algumas vezes no Apocalipse, o último livro da Bíblia, sobretudo no capítulo 18 (veja também Apocalipse 17,1-6). Alegoricamente é descrita como uma prostituta, representada com uma figura feminina que controla os potentes da terra, cavalgando uma besta com 7 cabeças, como mostra a imagem russa do século XIX, ao lado. Em Apocalipse 18 é anunciada a queda de Babilônia, o seu juízo. No versículo 2 um anjo grita assim: "Caiu! Caiu Babilônia, A Grande!".