Para Paulo, seu trabalho manual pertence à essência da missão apostólica e lhe confere legitimidade. À primeira vista, a importância central que Paulo atribui à sua vida de trabalho se opõe às instruções dadas por Jesus. Além disso, vale a pena examinar esta questão porque algumas das controvérsias mais agudas da igreja antiga tiveram por tema o trabalho dos evangelizadores. Comblin parte de uma análise dos textos bíblicos que tratam do assunto. Depois, expõe a hipótese do exegeta alemão Gerd Theissen sobre a opção de Paulo pelo trabalho. Por fim, apresenta o raciocínio que o Apóstolo elaborou para explicar sua opção: no contexto das comunidades pluriclassistas de então, Paulo fez a opção pelos fracos, separando-se dos fortes. Quis estar do lado dos mais fracos da comunidade, não pela palavra, mas pelo modo de viver.
Editora: CEBI
Paulo trabalhador e apóstolo
- José Comblin
- 4542
- 16/06/2011
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