Ninguém precisa mudar o próprio jeito de vestir. Uma das características do ser cristão é exatamente a liberdade, dom supremo de Deus. É óbvio que ser cristão não é ser libertino. Todavia ser cristão é estar no mundo, seguindo o percurso natural da história, transformando-o, sem dúvida, lá onde é necessário, de acordo com os princípios ensinados por Jesus. Todavia a mensagem de Cristo não se limite a costumes e tradições; dá, isso sim, valor ao comportamento hodierno e não necessariamente o condena.

 

Uma das frases que precisaríamos ler com atenção na Bíblia é aquela que encontramos no livro Atos dos Apóstolos, quando fala da primeira comunidade de cristãos: Louvavam a Deus e gozavam da simpatia de todo o povo (Atos 2,47). Através desta passagem podemos sublinhar que os cristãos não devem estar destacados do povo, isolados do mundo em que vivem. É uma célula da sociedade, que, com certeza, dá um tom particular ao modo de comportar-se. Os cristãos, por causa da escolha de abraçar o Evangelho, não podem aceitar todo comportamento, mas, em linha geral, convive com a sociedade. O que quero dizer é que nós não somos destacados dos nossos contemporâneos, em relação aos costumes. Se hoje é normal as mulheres usarem calça cumprida ou terem cabelos curtos, não há nada que impeça às mulheres cristãs de seguirem este costume.