Os pesquisadores de Israel decifraram a inscrição do primeiro século que foi gravada no sarcófago (uma caixa de pedra usadas para enterrar os ossos) achado num cemitério na área do Vale de Aela Judéia.
O sarcófago chegou ao organizmo israelense das Antiguidades há três anos, depois que ladrões tentaram roubar um túmulo antigo do período do segundo Templo. Para confirmar a originalidade do objeto e para decifrar a inscrição gravada sobre ele, o ente “Antiguidades” pediu a colaboração do Dr. Boaz Zissou da Bar Ilan University e de Yuval Goren Professor da Universidade de Tel Aviv, ambos arqueólogos. Na semana passada os dois pesquisadores publicaram os resultados de suas pesquisas no Israel Exploration Journal.
"O registo não é fácil de ler e decifrar", disse Boaz Zissou "mas considerando a forma como as letras se desenvolveram, acreditamos que seja do primeiro século. Sarcófagos deste tipo eram comuns em Jerusalém e Judéia, no tempo de Herodes, no século I aC até 70 depois de Cristo. “
O frase da inscrição segundo os pesquisadores pode ser traduzida assim: "Maria, filha de Yoshua, filho de Caifás sacerdote Maazias da casa de Omri." "A língua é o aramaico, e a escritura é hebraica", disse Zissou. "Sabemos que é assim por causa da forma aramaica de" Bar "e" Barat "(filho e filha), que é aramaico .
Zissou disse que o nome Miriam, que aparece na inscrição, é provavelmente a da pessoa falecida. Seu descendentes, que recolheram os ossos e os colocaram no sarcófago, mencionaram os nomes do pai e do avô: "Eles mencionaram o nome da pessoa morta e o de seu pai. Yoshua e Myriam são nomes muito comuns na época do Segundo Templo. Por isso, até aqui, não há nenhuma grande surpresa. O que pode ser interessante é a ligação que nos proporciona essa mulher Myriam, uma descendente de Caifás, o Sumo Sacerdote, quando falamos sobre o caso da crucificação de Jesus ".