Há diferentes bíblias cristãs. O número de livros depende da tradição a qual uma versão se apoia. Para os católicos a Bíblia é composta de 73 livros, sendo 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo. A Bíblia dos protestantes tem, invés, 66 livros: 39 do Antigo e 27 do Novo Testamento. O novo testamento, os livros que escritos a partir de Cristo, é igual em todas as bíblias. A diferença se encontra nos livros do Antigo Testamento, os textos escritos antes do nascimento de Cristo.
Do Antigo Testamento, a bíblia dos protestantes exclui 7 livros, os assim chamados “deuterocanônicos” (denominados "apócrifos" pelos protestantes): Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico (ou Sirácides), Baruque, I Macabeus e II Macabeus, e alguns trechos nos livros de Ester e de Daniel. Esses livros originalmente foram escritos em grego e, baseados numa decisão tomada no período da igreja nascente (final do primeiro século), não foram incluídos na lista dos livros considerados inspirados pelos judeus. Os cristãos, todavia, usavam tais escritos. Provavelmente por isso a comunidade hebraica, que precisava criar uma identidade autônoma dos cristãos, decidiu excluí-los do seu cânon. Os cristãos durante 1500 anos usaram os 73 livros. Porém, por ocasião da Reforma promovida por Lutero, esses livros foram considerados pelos protestantes como não inspirados (Lutero não os retirou da edição de sua Bíblia, embora não equiparesse o seu valor ao dos outros livros). Mais tarde as edições protestantes da Bíblia excluíram definitivamente esses textos, enquanto que para a igreja católica eles continuam válidos e tem o valor de palavra inspirada.
Entre as igrejas cristãs ortodoxas há outras versões da Bíblia que além dos livros citados incluem outros dois livros de Esdras, outros dois dos Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição grega, cóptica, eslava e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca).