Jacó é o terceiro dos patriarcas, filho de Isaac e neto de Abraão. As suas histórias, contadas no livro do Gênesis, contêm uma série de eventos que são emblemáticos para Israel. Primeiro de tudo ele é o gêmeos com Esaú (Edom), "gêmeo menor"e poderia ser descartado, segundo os costumes de então, mas Deus o escolhe para ser seu herdeiro. Tem uma cena, a qual você provavelmente se refere, que coloca o sigilo sobre o destino desse homem: é o episódio narrado em Gênesis 32,25-33, conhecida como "luta com Deus".

Às margens de um afluente do Jordão, o rio Iabok, Jacó se encontra com um ser misterioso que a tradição refigura como um anjo, mas que é sinal de Deus. É uma luta que afascinou a história da arte e da literatura, um tipo de "agonia", ou seja, um combate extremo: Um homem lutou com ele até surgir a aurora. Vendo que não o dominava, tocou-lhe na articulação da coxa, e a coxa de Jacó se deslocou enquanto lutava com ele. Ele disse: "deixa-me ir, pois já rompeu o dia." Jacó respondeu: "eu não te deixarei se não me abençoares." Ele lhe perguntou: "qual é o teu nome?" "Jacó", respondeu ele. Ele retomou: "Não te chamarás mais Jacó, mas Israel, porque foste forte contra Deus e contra os homens, e tu prevaleceste."

O significado profundo dessa luta está no nome que Jacó recebe: perde o nome tribal e ganha o nome do povo escolhido, Israel: Teu nome será Israel por que lutaste com Deus. Uma relação cheia de tensão, mas também de glória, cheia de desencontro, mas também de encontro.