A preexistência de Deus é uma questão teológica muito importante. Acreditamos que Deus existe, que Deus é, como diz o título em Êxodo 3,14: "Eu sou aquele que é".

Historicamente falando, a teologia se debruçou sobre esse assunto sobretudo em relação à preexistência de Cristo, o Filho de Deus. Existem, no ambiente das "novas cristologias" algumas teses problemáticas, que afirmam que a preexistência de Cristo como Filho eterno do Pai é um conceito mítico, que deriva do helenismo. Ou seja, Jesus existia somente em sentido intencional e não em sentido real. Essa teoria crê que Deus desde sempre previu, escolheu e amou Jesus como filho, que um dia teria nascido de Maria. Tal tese não é correta, pois faz com que Jesus seja alguém como nós. De fato também de cada um de nós Paulo diz, na Carta aos Efésios, que fomos escolhidos e predestinados antes da criação do mundo para sermos seus filhos (veja Efésios 1,4). A natureza de Cristo é diversa, conforme se conclui através do hino cristológico de Colossenses 1: unigênito filho de Deus, nasceu do Pai antes de todos os séculos... Gerado, não criado, da mesma substância do pai. É isso também o que afirma João no seu prólogo: "No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.

A doutrina de Deus eterno é intimamente ligada com a Trinidade. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo são três pessoas com uma única substância e todos existem eternamente. As páginas escritas para aprofundir essa fé cristã não são poucas. Todavia não convencem facilmente que não crê, pois a fé, embora busque o entendimento, é um salto no escuro, caracterizado pela confiança.