Olá, Andre A. J. Mingas,
O nome da juíza e profetisa Débora aparece no livro dos Juízes, especificamente em Jz 4,4.5.9.14 e Jz 5.
No tempo em que o povo de Israel vivia no regime Tribal, alguns líderes governaram o povo e eles eram denominados juízes. Segundo Jz 4,4 – Débora é profetisa e também juíza, uma vez que julgava o povo a respeito das contendas e questões que a ela eram levadas para apresentar sua decisão. Sua ação de julgamento dava-se em baixo de uma árvore – uma palmeira, que foi identificada como a Palmeira de Débora ( Jz 4,5). Sua liderança foi importante, pois Barac não quer ir à luta sem a presença dela (Jz 4,8). O texto de Jz 5 apresenta o cântico de Débora um dos mais antigos da tradição dos hebreus, que relata a saga de Débora.
Outros livros que estão na Bíblia de versão católica e que são intitulados com nome de mulheres são: Rute, Judite e Ester. Na bíblia de versão protestante apenas Rute e Ester.
Rute foi uma mulher moabita e que lutou por pão e terra, permanecendo fiel a sua sogra Noemi, que era israaelita, declarando à ela: “O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus” ( Rt 1,16). Rute foi a bisavó do rei Davi.
Judite representa a resistência do povo de Israel contra a opressão estrangeira imposta por Nabucodonosor, através de seu general Holofernes. O nome Judite quer dizer – a judia. Narra a ação corajosa de Judite em busca de salvação do povo da cidade de Betúlia. Judite ora a Deus (Jt 9), e decide ir ao encontro do inimigo em seu acampamento. Ela corajosamente mata o general Holofernes e volta para a cidade que se encoraja com a notícia, resistindo ao cerco que sofria. A constatação da morte do general Holofernes fez o inimigo se enfraquecer e assim foi derrotado pelos israelitas.Veja o louvor de Judite em Jt 16.
Ester, a rainha, que também em época de perseguição e possível extermínio do povo israelita, pelos persas,( Est 3,7) sai em defesa do povo, lutando como pode, com suas armas para que o povo não fosse exterminado. Ela também faz uma oração a Deus pedindo o socorro divino . É nesse livro que encontramos a instituição oficial da Festa de Purim, nos dias 14 e 15 do mês de Adar ( Est 9,20-28), que são dias festivos de banquete e de alegria para o povo judeu.