Olá Eriana!
Esta pergunta se direciona a pontos essenciais do matrimônio cristão. Vamos busca uma resposta iluminados por textos bíblicos. Tentaremos em forma breve expressar verdades que são descritas em muitas páginas.
Definição do termo “ser uma só carne” no casamento
Vamos encontrar no primeiro livro da Bíblia no livro do Genesis, descrevendo a criação de Eva, o termo “uma só carne”. O texto assim se apresenta: “Então, o Senhor Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam” (Gênesis 2,21-25). Portanto conforme a descrição em Genesis o termo “uma carne” significa que nosso corpo é inteiro e não se divide em pedaços. Deus estabeleceu neste fato descrito o relacionamento matrimonial. Não há mais duas entidades (homem e mulher), mas agora há apenas uma entidade (um casal).
Características que se apresentam no relacionamento matrimonial
Quanto à duração da vida matrimonial
Novamente vamos a Bíblia para encontrarmos respostas. O Novo Testamento no Evangelho de Mateus manifesta o pensamento de Jesus nestas palavras: “Deus criou o casamento para que o casal permanecesse junto até que a morte os separasse (conf. Mateus 19,6).
A quebra do ser “uma só carne” do casal
Contrariamente a vontade inicial do casal, motivados por muitas causas o casal até poderá separar-se. Este fato é contrário ao plano de Deus, não teremos mais dois “inteiros”, mas sim duas metades. Estas duas metades são separadas bruscamente uma da outra.
Como acontece a unidade do casal
Espiritualmente, intelectualmente, financeiramente e de toda outra forma, o casal deve buscar a unidade. A exemplo do corpo humano sabemos como uma parte do corpo cuida das outras partes (o estômago digere comida para o corpo e o sustenta, o cérebro decide e dirige o corpo para o bem, as mãos trabalham a favor do corpo, os pés nos fazem andar e nos levam a diferentes lugares etc.), assim também deve acontecer no casamento o parceiro deve mostrar carinho e cuidado um pelo outro. Cada um não deve ver o dinheiro adquirido com o trabalho como “meu” dinheiro, mas sim como “nosso” dinheiro, vamos desfrutar juntos. A carta de Paulo aos Efésios 5,22-23 e o livro dos Provérbios 31,10-31 demonstram a importância do princípio de “unidade” colocado em prática para o marido e sua esposa respectivamente.
A unidade física do casal
O casal se torna uma só carne resultando à geração dos filhos que essa união produz; esses filhos agora contêm informações genéticas do casal como resultado dessa união. São Paulo aos Coríntios nos ilustra muito bem este aspecto: E até mesmo no aspecto sexual desse relacionamento, eles não devem considerar seus corpos como pertencentes a si mesmo, mas ao seu cônjuge (conf. 1 Coríntios 7,3-5).
Essa união do casal buscando o que é melhor para o outro não é algo que acontece automaticamente. No livro do Gênesis 2,24 o homem é ordenado a “unir-se” a sua esposa. Deste acontecimento duas conclusões podemos tirar: Uma primeira demonstra o retrato do relacionamento que o casal deve ser. A outra é a de conquista persistente do esposo na convivência com sua esposa. Falando em “conquista” devemos entender como ir além do tempo do Namoro que conduz a um noivado e ao casamento, mas este perseguir deve, outrossim, continuar por todo o tempo da vida matrimonial.
Em conclusão:
Por melhor que seja viver juntos “ser uma só carne” preocupando-se com as necessidades um do outro, Deus tem um propósito muito importante para o casamento. Assim como o esposo e a esposa estavam servindo a Cristo com suas vidas antes do casamento agora devem servir a Cristo juntos como unidade e criar seus filhos para servir a Deus (conf. 1 Coríntios 7,29-34; Efésios 6,4). O casal Priscila e Áquila, em Atos 18, é um belo exemplo disso. À medida que um casal almeja servir ao Senhor junto, terão a alegria que o Espírito do Senhor proporciona a aqueles que o amam (conf. Gálatas 5,22-23). No jardim do Éden, três pessoas estavam presentes (Adão, Eva e Deus) e a alegria neste convívio fazia parte desse relacionamento. Portanto, quando Deus está no centro do casamento, existirá alegria, realização humana, vida bem vivida. Sem Deus, uma união duradoura não é possível.