Não sabemos a sua profissão, pois tudo o que sabemos dele é contado no livro que recebe o seu nome, no livro de Jó. Há também uma menção em Tiago 5,11, que louva a paciência de Jó, recordando que Deus é misericordioso e compassivo.
Na verdade, não sabemos nem mesmo se temos diante de nós um personagem histórico. Parece mesmo, como confirmado pelo livro do profeta Ezequiel (14,14.20) que se trata de um herói dos tempos antigos, que teria vivido na época dos patriarcas, numa região cujos sábios eram famosos. O autor do livro de Jó teria se servido desse 'heroí' para ambientar a sua história que trata, sobretudo, sobre o tema da justiça divina. O autor provavelmente escreveu essa obra depois que os israelitas voltarm do Exílio em Babilônia.
Estamos diante de uma obra-prima da linha sapiencial bíblica. Esse livro começa contanto que existia um grande servo de Deus, chamado Jó que vivia rico e feliz. Em seguida foi colocado à prova por Satanás, com a permissão de Deus. A intenção da prova era ver se ele continuaria fiel mesmo na desgraça. Ele então perde bens e os seus filhos. Jó, mesmo assim, aceita que Deus retome para si o que lhe havia dado. Em seguida, com os e amigos (Elifaz, Baldad e Sofar), em linguagem poética, se trata sobre as diferentes concepções da justiça divina. No final Deus aparece para revelar a transcendência do seu ser e deus desígnios e reduzir Jó ao silêncio. A conclusão do livro é que o ser humano deve persistir na fé até quando seu espírito não encontra sossego.