A base das 12 tribos de Israel é a família de Jacó. Quando está no seu leito de morte, o patriarca bendiz os seus 12 filhos. Cada bênção é um tipo de profecia para a descendência futura, a tribo que nascerá da descendência de cada um dos filhos (Gênesis 49,1-27). Os filhos são:
Rúben: primogênito, potente e altivo
Simeão: sanguinário e vioento
Levi: separado, escolhido
Judá, leãozinho: diante dele se inclinarão os irmãos
Zabulon: marinheiro
Issacar: jumento robusto
: juiz, como uma serpente
Gad: guerrilheiro
Aser: pão abundante
Neftali: uma gazela veloz
José: bendito, rebento fecundo
Benjamim: lobo voraz.

Quando o povo de Israel, guiado por Josué, conquistou a Palestina, o país foi dividido em 11 regiões e em cada uma se estabeleceu uma tribo (Josué 13 "“ 21). A tribo de Levi, cujos membros são sacerdotes, não ganhou nenhuma região.

È interessante notar que Simeão e José desaparecem como tribos. Nascem, invés, Efraim e Manassés, que são filhos de José.

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Em Gênesis 10 temos a assim chamada "Tábua das nações". Após o dilúvio, através de um quadro genealógico dos descendentes de Noé, o texto fornece uma explicação dos povos da terra. Essa página bíblica, escrita durante o período do Exílio em Babilônia, é um resumo dos conhecimentos sobre o mundo habitado que se podia ter entre os judeus. Há um elemento positivo neste quadro, ou seja o fato que todas as nações são unidas, isto é, divididas em grupo a partir de um tronco comum.

No capítulo seguinte (Gênesis 11), com a história da Torre de Babel, temos outra visão da origem das nações. Neste caso a perspectiva (javista) é muito mais negativa, pois parece que insinua que as nações nasceram sobretudo a causa da malícia humana.