Olá Adriana, de Serro, MG! A prática da promessa é muito usada pelas pessoas. Nas nossas conversas com os amigos ou amigas sempre sai este assunto às promessas. Aparecem dúvidas sobre a validade das promessas, o cumprimento de promessas, o fazer promessas para outras pessoas cumprirem, ou mesmo não ter condições de cumpri-las conforme o prometido ou querer substituí-las.

Assim Adriana lendo a tua pergunta veio na minha mente uma reposta que elaborei para um leitor do site e penso que nesta resposta sigo a mesma linha de pensamento. Poderás conferir na pergunta: “Fiz uma promessa a Deus, é não a cumpri. Qual atitude devo tomar?” Pergunta de Douglas, resposta de Odalberto, em 23/06/2011.

Promessas não cumpridas qual a solução. A mudança de promessas!
Encontramos a resposta nos próprios textos bíblicos para esta questão da possibilidade da mudança de promessas que preocupa tantas pessoas. Os textos bíblicos preveem a possibilidade da mudança dos votos (ou promessas) por parte dos sacerdotes: olhemos o livro do Levítico 27, 8.13s.18.23

“27, 1 Disse mais o Senhor a Moisés:
27, 8 Mas, se for mais pobre do que a tua avaliação, será apresentado perante o sacerdote, que o avaliará conforme as posses daquele que tiver feito o voto.
27, 13 Mas, se o homem, com efeito, quiser remi-lo, acrescentará a quinta parte sobre a tua avaliação.
27, 14 Quando alguém santificar a sua casa para ser santa ao Senhor, o sacerdote a avaliará, seja boa ou seja má; como o sacerdote a avaliar, assim será.
27, 15 Mas, se aquele que a tiver santificado quiser remir a sua casa, então acrescentará a quinta parte do dinheiro sobre a tua avaliação, e terá a casa.
27, 16 Se alguém santificar ao Senhor uma parte do campo da sua possessão, então a tua avaliação será segundo a sua sementeira: um terreno que leva um hômer de semente de cevada será avaliado em cinquenta siclos de prata.
27, 17 Se ele santificar o seu campo a partir do ano do jubileu, conforme a tua avaliação ficará.
27, 18 Mas se santificar o seu campo depois do ano do jubileu, o sacerdote lhe calculará o dinheiro conforme os anos que restam até o ano do jubileu, e assim será feita a tua avaliação.
27, 23 o sacerdote lhe contará o valor da tua avaliação até o ano do jubileu; e no mesmo dia dará a tua avaliação, como coisa santa ao Senhor.” (Levítico 27, 8.13s.18.23) Bíblia Almeida.

Em outras palavras poderíamos entender da seguinte forma:

“Se aquele que fizer um voto não puder pagar a avaliação, apresentará a pessoa diante do sacerdote e este fixá-la-á; o valor será fixado pelo sacerdote de acordo com os meios de quem fizer voto” (Levítico 27, 8. 13s. 18. 23). Assim a pessoa interessada vai até o responsável pela sua Comunidade, expõe o acontecido e se disponha a cumprir outra promessa que possa ter condições de realizá-la.

Aqui encontramos a possibilidade e a solução para promessas que na hora de cumprir escapam de nossas possibilidades. Uma verdade sempre permanece, deverás conforme diz o texto apresentar-se ao sacerdote, responsável pela comunidade.

O que a Bíblia fala de promessas! Textos que nos ajudam!
Na Bíblia encontramos muitas passagens que nos falam de promessas tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento. Para ilustrar citamos alguns textos: O primeiro vem do livro do Genesis na promessa de Jacó: “Se Deus for comigo, se ele me guardar durante esta viagem que empreendi, e me der pão para comer e roupa para vestir, e me fizer voltar em paz casa paterna, então o Senhor será o meu Deus. Esta pedra da qual fiz uma estela será uma casa de Deus, e pagarei o dízimo de tudo o que me derdes” (Gênesis 28,20-22).

No livro dos Números encontramos esta outra promessa: “Se oferecerdes ao Senhor alguma oferenda de combustão, holocausto ou sacrifício, em cumprimento de um voto especial ou como oferta espontânea…” (Números 15,3).

Alguns salmos exprimem os votos ou as promessas dos orantes de Israel (Salmos 65, 66, 116)

O texto Bíblico cita recomendações para que se cumprisse o voto ou a promessa feita. “Mais vale não fazer voto, que prometer e não ser fiel à promessa” (Eclesiastes 5,4).

É certo que as promessas não obrigam Deus a nos dar o que Ele não quer dar, pois sabe o que é melhor para nós. Jesus mandou pedir e com insistência.

Qual o sentido de uma promessa!
As promessas nada têm sentido mágico, não podem ser “comércio” com Deus; pois não se destinam a querer obrigar a Deus fazer que nossos pedidos aconteçam isto é “dobrar a vontade do Senhor”.

Não cumprir uma promessa
Às vezes os fiéis prometem até coisas que não conseguem cumprir. Este fato é muito comum. Ele acontece por falta de condições físicas, psíquicas ou financeiras, e depois do acontecido passam a ter medo de um castigo de Deus. Ainda encontramos pessoas fazem uma promessa para que outra pessoa a cumpra, mesmo sem ter falado com ela, sem o seu consentimento. Muitos pais por excesso de cuidados aos seus filhos e querendo o bem deles fazer promessas para os filhos cumprirem.

O verdadeiro sentido da promessa
Deus ao determinar que nos daria as graças necessárias nesta vida, incluiu no Seu desígnio a colaboração mediante a oração frequente, o sacrifício e as obras de caridade cristã, etc. Deus certamente esta atendendo aos nossos pedidos e promessas mas leva em conta as orações que Lhe fazemos. Somente assim, as promessas têm valor para Deus e tem valor para nós. A parte do nosso esforço alimenta o nosso fervor; exercitam o amor a Deus; e isso é valioso. Uma promessa bem feita pode nos abrir mais à misericórdia divina e o perdão de nossos pecados.

Concluindo:
Na busca da ajuda de Deus façamos promessas de práticas que consigamos realmente cumprir e santifique-nos. Jesus no Novo Testamento cita três clássicas promessas que devemos observar: a Oração, a Esmola e o Jejum (Mateus 6,1-8). Sabemos que a Esmola apaga uma multidão de pecados (1 Pedro 4,8) o Jejum liberta o ser humano da ganância e das paixões e a oração nos aproxima de Deus. O próprio Jesus nos deixa o ensinamento que uma multidão de males só pode ser eliminada pela oração e jejum.