Segundo os autores sagrados, Deus entra na história dos homens respeitando a sua liberdade e seus costumes de vida. No tempo de Abraão, na sociedade nômade do II milênio antes de Cristo, era normal ter mais mulheres e filhos de mulheres diferentes. Contudo isto não quer dizer que Deus aprovasse e compartilhasse essa atitude como norma válida para todos os tempos e para todos os povos.

Já na história de Israel são introduzidos, lentamente, mudanças legislativas direcionadas a tutelar sobretudo os direitos das mulheres e dos filhos (veja as leis do Deuteronômio, que contudo prevê que o marido deixe a mulhere, por exemplo Deuteronômio 24,1-4). Quando Jesus intervem sobre estas questões, sublinha o amor e o respeito que o marido deve ter pela própria esposa e, lembrando o preceito de Gênesis 2,24, declara que o abandono da mulher é uma ação causada pela "dureza do coração"e que "aquilo que Deus uniu, o homem não deve separar"(Mateus 19,6).