O tema da promessa é um elemento importante da teologia bíblica. As promessas divinas têm como objetivo primordial suscitar a confiança humana na onipotência de Deus. É por isso que algumas vezes encontramos, em algumas passagens, um juramento de Deus que confirma a promessa, para sustentar a fraca confiança humana (veja Gênesis 22,16; Deuteronômio 4,31; Isaías 45,23; Hebreus 6,17). Por que é Deus que promete, temos a certeza que Ele quer e pode cumprir suas promessas.

É difícil de falar em números. De qualquer forma, no Antigo Testamento, Deus promete primeiro de tudo que viria o redentor (Gênesis 3,15); promete também o Espírito que recria (Jeremias 31,31-34; Ezequiel 36,26s; Gálatas 3,1s); a salvação a outros povos (Isaías 49,6; Zacarias 8,23); o Reino do Messias sobre a terra, a participação dos seus neste Reino e a ressurreição dos mortos (Daniel 7,13.27; 12,28; Zacarias 14,5.9). Digamos que essas são as promessas essenciais, que depois são contornadas por tantas promessas singulares.

O cumprimento das promessas se realiza nas diversas etapas da caminhada do povo. Já no Antigo Testamento algumas promessas se realizam. Pensamos, por exemplo, em Abraão, que, embora não tendo filhos, era destinado a ser "Pai de uma grande nação". De fato Israel se torna uma grande nação. Lugar por excelência do cumprimento das promessas é o Novo Testamento: Jesus, o Messias, inaugura o Reino de Deus, doa o Espírito Santo e nos mostra a ressurreição dos mortos. Também hoje as promessas continuam a se cumprirem, nas nossas comunidades e em nossas vidas. Da mesma forma acontecerá no futuro.

Há uma edição da tradução de João Ferreira Almeida (revista e corrigida) que se chama "Bíblia de Promessas". Esta edição sublinha os textos que retém serem promessas, destacando mais de 1100, distribuídas em 71 temas. No final da publicação há um índice das promessas por livros e também por tema (Aflição, Ajuda, Alegria, Ansiedade...).